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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

SANTIFICAÇÃO: ATO FORENSE E ATO PROGRESSIVO


TEXTO BÁSICO:  À igreja de Deus que está em Corinto, aos SANTIFICADOS em Cristo Jesus, CHAMADOS PARA SEREM SANTOS, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso (1 Coríntios 1.2).
 
O texto acima mostra que a santificação acontece em duas etapas: Uma que foi única e que aconteceu no passado. E a outra que acontece no nosso dia a dia e que pressupõe continuidade. Vejamos:
 
a) PRIMEIRA ETAPA: Chamada de etapa Forense ou ponto de partida da Santificação. A expressão "AOS SANTIFICADOS" (I Cor 1:20) nos remete a um ato exterior, praticado pelo próprio Deus. É o ato de SEPARAR-NOS do mundo,  para servi-Lo no mundo. Nessa ETAPA da Santificação o homem é absolutamente PASSIVO e em nada pode contribuir. Assim como ele é declarado Justo, é, igualmente declarado Santo. É Deus dizendo "esse eu já separei do mundo". É um ato Forense de Deus, concomitante ao ato outorgar a justiça de Cristo ao homem.
 
Nessa etapa estamos falando de algo que já aconteceu no passado, na eternidade, quando Deus nos separou, nos elegeu para Ele.
 
Essa ideia de SEPARAÇÃO/SANTIFICAÇÃO, nesse sentido, está diretamente ligada à salvação. O Texto de Mat 25:31-33, trás uma boa ilustração de como o termo "Separação" está ligado ao termo "Salvação".
 
Veja o que a Confissão de fé fala sobre essa primeira etapa da santificação, no capítulo XIII, Da Santificação:
 
"I- Os que são eficazmente chamados e regenerados, tendo sido criados neles um novo coração e um novo espírito, são, além disso, santificados, real e pessoalmente, pela virtude da morte e ressurreição de Cristo, por sua Palavra e por seu Espírito, que neles habita" . Vejamos alguns textos: 
I Cor 6:9-(11) "fostes santificados [...] fostes justificados". Rm 6:5-6, II Tes 2:13.
 
Portanto, "só pode dizer-se santo quem pode dizer-se salvo. Todavia, se não pode dizer-se santo, não pode dizer-se salvo".
 
b) SEGUNDA ETAPA: Chamada de Progressiva. Eu também chamaria de Combativa. Ela só existe em função da 1ª etapa. Está ligada à busca incessante pela PERFEIÇÃO MORAL. A expressão "CHAMADOS PARA SEREM SANTOS" (I Cor 1:20),  nos remete a uma responsabilidade pessoal; a algo que está ao nosso alcance e que seremos cobrados se assim não fizermos. Nessa etapa da santificação o homem é absolutamente ATIVO e o padrão moral que ele tem é o próprio Deus e sua Lei. É um padrão altíssimo a ser atingido. Por isso, existe naqueles que já passaram pela 1ª etapa da santificação (que vem junto ao pacote da salvação) uma verdadeira guerra espiritual. Veja o que a Confissão de fé de Westminster diz sobre isso:
 
"II- Esta santificação é no homem todo (corpo/alma), porém imperfeita nesta vida; ainda subsiste em todas as partes dele restos da corrupção, e daí nasce uma guerra contínua e irreconciliável" entre a carne e o espírito, como nos diz em Gl 5:17.
 
Vejamos alguns textos que exige de nós a perfeição moral: I Ped 1:14-16; I Cor 7:1; Col 3:5; Ef 1:4; I Cor 6:18.
 
Perceba que o que é exigido de nós e uma retidão moral muito grande. É difícil alcançar essa retidão moral? Nesta vida é impossível, mas não podemos usar isso como desculpa para não buscarmos a santificação.
 
A desculpa que a carne é fraca não cola. Sabe por quê? Porque antes dessa frase existe outra que é sempre esquecida por aqueles que querem utilizá-la como desculpas de suas vidas desregradas: "O espírito está pronto" (Mat 26:41). Nossa Confissão de fé tratando sobre esse assunto, nos diz:
 
III- Nesta guerra, embora prevaleçam por algum tempo as corrupções que restam [...] a parte regenerada vence: I Jo 5:4.
 
Pra finalizar, eu diria que essa 2ª etapa da Santificação, que é de nossa inteira responsabilidade, que é também um processo, pode ser definida como "uma aproximação dos preceitos de Deus e um distanciamento dos preceitos do mundo. Vejamos: Gal 5:16-26.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

BREVE REFLEXÃO SOBRE A MILITÂNCIA CRISTÃ PRÓ-ARMAMENTO

 
Fiz esse pequeno artigo por ocasião do Referendo do Desarmamento. Estava esquecido dele mesmo. Foi publicado em um jornal e depois nunca mais toquei nele. Nem publiquei no blog, à época. Resolvi pesquisar por onde andava por conta de uma espécie de campanha que tá rolando no facebook, promovida por muitos cristãos, dentre os quais pastores, líderes e seminaristas, defendendo o uso indiscriminado de armas pela população. Ou seja, defendendo o direito de qualquer pessoa “normal” portar uma arma. Usam como exemplo os EUA e outros países desenvolvidos. Mas, será que em nossa realidade seria algo positivo mesmo armar a população? Por se julgarem, esses irmãos, fortes, sábios e equilibrados emocionalmente, será que não estão nivelando a população “por cima”, como se toda ela morasse no auge desse pedestal também? A discursão é boa e precisa ser feita. Porém, será que esses irmãos, militantes do armamento, que mais parecem sócios da Taurus, não estão deixando de lado desse importante debate a diferença social gritante, entre eles e nós? É claro que não se fundamentam apenas na comparação e na inveja das outras nações que “têm um Rei”. Há muito mais por trás desse apelo e sabemos disso. Poderia expor alguns motivos pelos quais não considero uma boa ideia armar a população. Porém, prefiro lembrar que muitos cristãos lúcidos, que defendem o uso de armas defendem igualmente o uso do álcool. Não considero que essa seja uma mistura muito boa. Seria necessário uma campanha à semelhança da veiculada pela chamada “lei seca”. Algo do tipo, “se beber não ande armado, querido irmão”. Obviamente que deveria fazer uma adaptação do texto a seguir, pois foi escrito para um momento histórico e pontual. Não farei isso, por enquanto, por pura falta de tempo. Então, vai bruto como está e como foi publicado. Lembrando que a retomada desse texto, que não tem rigor acadêmico, tem como objetivo apenas abrir outras possibilidades nesse debate. Vamos a ele:
 
Vivemos num estado democrático. Isto pressupõe direitos e deveres. Pressupõe também que abrimos mão de alguns de nossos direitos e alguns de nossos deveres e os entregamos ao Estado, visando um bem maior, um bem comum. Um desses direitos está relacionado à questão da segurança publica. Nós, enquanto cidadãos de um estado democrático, não temos MAIS o direito de fazer nossa própria segurança, não temos o direito de portar uma arma sob este pretexto, precisamente porque o repassamos ao Estado para que fizesse isso, não somente por nós, mas por toda a sociedade. A questão do desarmamento, ao que me parece, é uma questão defendida por todos, inclusive pela frente do NÃO. O problema principal não é se eu tenho ou não tenho o direito de possuir uma arma, de ser responsável pela minha própria segurança, o problema, principalmente que incomoda a frente do NÃO e a todos nós, está intimamente relacionado com a capacidade, ou melhor dizendo,  com a incapacidade e dificuldade do Estado em  assumir, de forma eficaz, a segurança publica. O que fazer então? Ou melhor, como votar então, se de um lado abro mão dos meus direitos em prol da coletividade e o repasso a um Estado que promete fazer isso, não somente por mim, mas também pelos meus pares, e não está conseguindo cumprir com o “acertado”? Temos algumas opções: a primeira é desistirmos de um Estado democrático e assumirmos a forma de governo da Anarquia, o que nos daria direito de não somente sermos responsáveis pela nossa segurança mas também pela água da nossa torneira e pela energia elétrica que consumimos (como faríamos isso é outra história). Neste caso, o “Estado” seria totalmente ausente com relação à segurança publica. Isto equivale a dizer que toda a responsabilidade da nossa segurança seria, exclusivamente, nossa e dependeria tão somente de nós a forma como iríamos fazer isto. Com armas brancas ou armas de fogo ou até mesmo com armas químicas, seria nossa responsabilidade e nosso o poder da decisão. Cabe aqui agora uma pergunta para a frente do NÃO e seus simpatizantes: ao votar NÃO, você também estaria disposto a isentar o Estado total e incondicionalmente da responsabilidade de sua segurança e assume o compromisso de jamais ligar para o 190? A segunda opção que temos, se de fato acreditamos que a democracia é a melhor forma de governo, apesar de suas falhas, mas não há regimes de governo sem elas, é, como cidadãos conscientes, RATIFICAR que abrimos mão desse e de outros direitos, em favor de uma coletividade e que o repassamos ao Estado. Cobrar veementemente desse Estado que cumpra o seu papel e que assuma as responsabilidades que a ele  confiamos. É precisamente assim que o Estado se fortalece e um Estado forte e poderoso, como um “grande monstro”, será capaz de nos defender a contento. Não devemos fragilizar o Estado, como fazem alguns membros ignorantes desse mesmo estado, como os deputados e senadores da frente do não. Eles negam o Estado. Eles são a antítese do Estado democrático de direito. Mas restar-nos-ia ainda uma terceira opção se não concordamos com um Estado democrático e nem com um “Estado” Anárquico: cada individuo se enclausuraria em uma ilha deserta e pronto. Estaria eliminada a necessidade do Estado. Esse referendo nem deveria acontecer, mas já que está marcado, fortaleçamos o Estado votando SIM.
 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

BREVE REFLEXÃO SOBRE ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES


Se as Universidades Federais estão sempre entre as melhores do país, por que isso não acontece ou muito raramente acontece com a educação Básica? Claro que essa não é uma resposta simples de ser dada. Tem muita coisa envolvida. Mas, ao mesmo tempo, é simples sim: crianças não protestam, não reclamam das professoras, não votam, aceitam qualquer coisa que a “tia” fizer e não podem exigir de seus pais que as matriculem em outra escola.

Diferentemente, na rede particular de ensino, cada vez mais, as escolas estão se aperfeiçoando e dando melhores condições aos professores e alunos. Tem muita gente que é contra a educação paga, sob a argumentação de que o Estado tem que garantir esse direito básico. Sim, concordo. Aliás, é constitucional. Mas, manter um prédio funcionando e pagar professores para que fiquem em sala de aula é garantir esse direito constitucional? Não necessariamente. Não é de hoje que, na maioria das escolas públicas, o  professor finge que ensina e o aluno finge que aprende. Quer dizer, era assim. Agora ninguém tá se dando mais ao trabalho de fingir. Sejamos práticos: se tiver o mínimo de condições, você matricula seu filho numa escola pública ou da rede particular de ensino? Veja o vídeo abaixo, depois responda:
 
 
Claro que isso não acontece todos os dias nem em todas as escolas; mas, de alguma forma, esse é o retrato da educação pública básica no Brasil. Será que isso ocorre por conta dos baixos salários dos professores? Será? Na rede particular, em alguns casos, paga-se menos e isso não acontece. Seria a educação doméstica que os alunos da rede pública não têm? A pobreza dos seus pais? Na rede particular, especialmente nas periferias, também existem alunos tão pobres quanto aqueles; que pagam suas mensalidades com a mesma bolsa família que aqueles recebem, e isso não acontece. Estaria a resposta na formação dos professores? Mas a formação mínima exigida tanto em uma rede quanto na outra é a mesma.

Talvez, e só talvez, tenhamos que pensar seriamente na possibilidade de “privatizar” a educação básica de uma vez por todas. O Estado simplesmente não está conseguindo dar conta do recado. Exemplo como esses, do vídeo acima, parecidos  e em outros níveis, que seria (que seria não, que é) impensável na rede particular de ensino, têm se tornado rotina na rede pública.

Além dos conhecidos problemas, que vão desde a transmissão de ideologias sem a prévia autorização dos pais (na rede particular os pais podem até escolher sob qual ideologia quer formar seus filhos) à incompetência dos professores,  a escola pública padece de falta de segurança, de recursos e até de coragem dos gestores. Na verdade, a maioria dos profissionais envolvidos com a educação pública, não todos, evidentemente, só querem, como se diz pejorativamente “mamar nas tetas do governo”. Muitos não são vocacionados; estão ali pelo dinheiro, apenas. Como são contratados por concurso público, isso não é verificado. E se ficar evidente que ela – a professora – não é uma docente vocacionada, o que acontece? Absolutamente nada. Afinal, ela é concursada.

A relação do gestor com o docente na rede particular de ensino é infinitamente diferente e, talvez, aí esteja uma pista para a  gritante lacuna de qualidade entre uma e outra. Um mau professor não tem carreira longa na rede particular de ensino. Talvez não termine nem mesmo o período de experiência. Não estamos colocando, aqui, toda a culpa no professor. Obviamente que não. A culpa inicial, desencadeadora de todas as outras, é do Estado. Ele não tem competência para ser patrão da educação básica.

O que fazer diante de quadro tão sombrio? Ainda que não concordem com nossas sugestões abaixo, todos concordarão: algo precisa ser feito. A educação básica é importante  demais para continuar nessa situação.

Nossa sugestão tem, inclusive, o objetivo de diminuir o custo com a Educação que o Estado tem. Se gasta muito dinheiro e não se tem os resultados favoráveis. São eles, evidentemente apresentadas de forma sintética:  

1º) O Governo fecha todas as escolas públicas da Educação Básica;

2º) Demite todos os professores e, obviamente, assume todas as indenizações trabalhistas;

3º) Vende os prédios;

4ª) Entrega a responsabilidade de promover a Educação Básica à rede particular de Ensino;

5º) O Estado não se eximirá, jamais, de sua responsabilidade constitucional de financiar a educação básica. Pelo contrário, ele pagará às escolas particulares um valor pré-estabelecido por cada aluno matriculado, que receberá o mesmo tratamento dado aos outros alunos, sem nenhuma interferência do Estado. Uma espécie de PROEDUB (Programa educação Básica para Todos). Mesmo com esse repasse de verbas, os custos com a Educação Básica seria consideravelmente menor do que é hoje;

6ª) O Estado assumirá a função apenas de regulação e fiscalização da Educação, aliás, coisa que já faz. Sim, ainda que muitos não saibam a fiscalização do Estado sob a rede particular de ensino existe, funciona e é eficiente;

7ª) A contratação de professores, funcionários e serviços fica por conta das Escolas Particulares, que utilizarão os mesmos critérios de contratação utilizado hoje: a competência do profissional. É claro que alguns professores demitidos poderão, também, concorrer  às vagas que serão abertas para a contratação de docentes; contudo, não terão nenhum privilégio em relação aos outros candidatos. Os bons e os competentes certamente interessarão à rede particular de ensino.

8º) As matriculas e outros encaminhamentos necessários ao ingresso do aluno novato na rede particular de ensino seguirá o mesmo modelo já adotado pelas escolas dessa rede;

9º) Ficará a cargo dos empresários da educação a construção de novas salas de aula e novos prédios para atenderem à demanda advinda da rede pública. Neste caso, o Estado poderá financiar a juros baixos essas reformas e novas construções. Mesmo assim, seu custo operacional com a educação ainda será muitíssimo menor que o atual. Ainda por cima, trata-se de um empréstimo, portanto, até nisso o Estado sairá ganhando;

10ª) A imagem abaixo não mais existirá, pois todos estudarão na mesma escola.
 
 
11º) Boa aula a todos.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

IPB E AÇÃO SOCIAL - REPORTAGEM DO JORNAL DA GLOBO

Missão Caiuá  

A Missão Evangélica Caiuá, agência missionária que atua entre os indígenas, foi criada em 28 de agosto de 1928, fruto do sonho de Albert Maxwell, pastor presbiteriano norte-americano que veio ao Brasil para investir na expansão do evangelho, após ter vendido todos os bens que possuía nos Estados Unidos.
 
 

Ao se instalar em solo brasileiro, o rev. Maxwell dedicou atenção especial aos índios da região de Dourados (MS), da tribo Kaiwá. Deparou-se com a difícil situação daquele povo, composto, em sua maioria, por crianças e mulheres, que trabalhavam na colheita do mate. O rev. Maxwell concluiu que deveria cuidar, não só da dimensão espiritual do índio Kaiwá, como também de seu corpo e mente.
 
Para tanto, o pastor contou com o apoio da Comissão Brasileira de Cooperação das Igrejas Evangélicas, que reuniu representantes da Igreja Presbiteriana do Brasil, da Igreja Presbiteriana Independente e da Igreja Metodista. Assim, em 1928, foi organizada a Associação Evangélica de Catequese dos Índios, com sede em São Paulo, mas que distribuiria os obreiros em regiões específicas do país.
 
A primeira missão criada através da associação foi a Missão Evangélica Caiuá, contando com os seguintes missionários: rev. Albert Maxwell e sua esposa Mabel Maxwell, da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, o médico, dr. Nelson de Araújo, da Igreja Metodista, o agrônomo, Sr. João José da Silva, sua esposa Guilhermina Alves da Silva e o filho, de seis meses de idade, Erasmo, da Igreja Presbiteriana do Brasil. A missão contava também com o professor Esthon Marques, da Igreja Presbiteriana Independente.
 
Ao longo desses anos, a Missão Caiuá perdeu alguns colaboradores, como o próprio rev. Maxwell, vítima de uma doença nos pulmões, mas ganhou adesão de muitos outros voluntários. Juntos, e sob a direção do rev. Orlando Andrade, criaram uma escola para alfabetização de adultos e educação primária, um ambulatório médico, um orfanato e, sobretudo, diversos pontos de pregação do evangelho.
Em 1956 foi enviada à missão a dra Lorraine Briedgmanm e a família Taylor, da Missão Wicliff, para trabalhar na tradução da Bíblia Sagrada para a língua kaiwá. O novo testamento foi concluído em 1985, e a dra. Lorraine atua até hoje na tradução do velho testamento.

SAÚDE

Em 1963 foi inaugurado, em Dourados, o Hospital e Maternidade Indígena Porta da Esperança, com 38 leitos, hoje ampliado para 50 vagas. Atende, exclusiva e gratuitamente, a população indígena, os obreiros e funcionários da missão. Anos mais tarde, em 1978, foi inaugurado a Unidade de Tratamento de Tuberculose, com 50 leitos.

ENSINO

O rev. Orlando e sua esposa Lóide sonhavam em criar um instituto bíblico que pudesse preparar o índio para a pregação do evangelho. Em 1978, durante a comemoração dos 50 anos da Missão, foi lançada a pedra fundamental do edifício, onde mais tarde passou a funcionar o Instituto Bíblico Felipe Landes. Muitos indígenas dedicam seu tempo ao estudo da palavra e atuam também como missionários.

Contato

Telefone: (67) 421-4197
E-mail : mcaiua@uol.com.br
Rua Dr. Lourenço Granato, 79, Jardim Lúmen Christi
Informações: Caixa Postal 04 – Dourados – MS
CEP: 79804-970
 
 
 
 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

NÃO TIREM O BBB - BIG BROTHER BRASIL DO AR




Estava demorando! As primeiras campanhas para tirar o BBB do ar ou para desqualificá-lo (precisa?) já foram lançadas. Em 2012 teve até deputado pastor (ou será pastor deputado?) estudando a possibilidade de entrar com um pedido oficial para a retirada do programa do ar. Alguns posts da blogosfera também já chamam a atenção para o "estupro moral" a que "todos" foram submetidos.

Todos? Eu não!

Diante de tudo isso, resolvi lançar a seguinte campanha:

# NÃO TIREM O BBB DO AR

Não, não estou enganado. A campanha é assim mesmo!

Não tenho twitter, por isso vou precisar da ajudinha de algum amigo twittereiro para lançar essa campanha em defesa da permanência do BBB no ar. Será que vou conseguir algum apoio? 

Qual é o critério para retirar um programa do ar? Poderíamos citar alguns, mas o principal deles é a FALTA DE AUDIÊNCIA, o que, absolutamente, não é o caso do BBB. 

AUDIÊNCIA, inclusive, de uma infinidade de CRENTES. Estou mentindo? Tem crente até que deixa de ir à igreja pra ver BBB. 

Agora querem tirar a diversão dos irmãos? Sou contra. Deixem o BBB no ar, para a felicidade e entretenimento de muitos crentes.

Quem não quiser assistir, leia isto:  JÁ INVENTARAM O CONTROLE REMOTO, sabia?

Portanto,  deixem quem gosta do BBB em paz. Deixem os irmãos assistirem o programa em paz, que coisa!

Por meus irmãos em Cristo que assistem, que gostam e que até faltam as reuniões da igreja por causa do BBB, convoco toda a população para um verdadeiro engajamento na campanha:

# NÃO TIREM O BBB DO AR

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

FELIZ ANO NOVO OU FELIZ TODO DIA?


Nenhuma frase será mais ouvida hoje do que "feliz ano novo". Mas, o que é um ano novo?  Acaso não é apenas mais uma hora após a outra e mais um minuto após o outro? Parece até que algo extraordinariamente diferente irá acontecer após a meia noite. Na verdade,  essa é a expectativa. Todos aguardam que algo diferente aconteça em suas vidas; algo melhor, claro.

Muitos esperam por um novo emprego ou um salário melhor. Outros esperam pagar suas dividas no próximo ano. Comprar a sonhada casa própria; o carro novo. Outros começar o prometido regime. Outros ainda esperam acordar no novo ano milhionários com a "mega sena da virada". E o povo de Deus? O que está esperando? A volta de Cristo? O céu? Não, nada disso. As expectativas são exatamente as mesmas, com raríssimas exceções. Estamos muito ocupados para desejar coisas espirituais. 

Aí vem o dia primeiro, o dia 02/01 e tudo recomeça exatamente igual. 

Não devemos ter apenas boas expectativas em relação ao futuro. Antes, ao contrário, devemos confiar todos os momentos de nossas vidas ao Deus Soberano, Onipotente e Onipresente. Para Ele não existe passado, nem presente nem futuro. Ele a tudo governa do alto de sua eternidade. 

O que esse novo ano nos reserva? Não sabemos. Não podemos saber. Mas uma coisa  e certa: Deus estará no controle de tudo. Aliás, como sempre.

PREVISÃO DO FUTURO

Você gostaria de saber o que lhe acontecerá no próximo ano? Se você tivesse a oportunidade de "dar uma espiadinha" no seu futuro, perderia essa oportunidade?
Não há um ser humano que não tenha pelo menos curiosidade em saber como será seu futuro. E qual o objetivo de saber o futuro? Talvez, quem sabe, para direcionar o presente (CORREIA, 2009, p.86).
Quantas coisas faríamos diferente se tivéssemos tido a oportunidade de antever, de prever as consequências de nossas escolhas, de nossas decisões. Saber antecipadamente do futuro seria um grande benefício. Não faríamos um investimento financeiro, por exemplo, se pudéssemos ter tido acesso, antecipadamente, que a consequência dele seria a falência futura. Muitos relacionamentos que fracassarão no ano que se avizinha, poderiam ter sido evitados. Quem sabe ter escolhido outra pessoa ao invés da que foi, efetivamente, escolhida. Muitas pessoas que morrerão de acidentes automobilísticos no próximo ano, se tivessem tido a oportunidade de prevê-los, como certo, provavelmente pegariam outra estrada ou, simplesmente, não fariam a mesma viagem ou ainda não beberiam no dia "antecipadamente" marcado de sua morte.

A grande questão é:

É realmente possível prever o futuro?

Para o filósofo medieval, Agostinho de Hipona, um dos maiores especialistas do "problema do tempo", essa possibilidade de previsão do futuro simplesmente NÃO EXISTE. Veja o que ele diz:
Sei com certeza que nós premeditamos nossas ações futuras e que tal premeditação é presente, mas o ato que premeditamos ainda não existe, porque é futuro [...] qualquer que seja a natureza dessa misteriosa previsão do futuro, não podem ver senão o que existe, mas o que existe não é futuro e sim presente (CONFISSÕES, XI, 18,24).
 O que Agostinho quis dizer? De forma mais simples, isto:
Agostinho afirma que o futuro, tal qual imaginamos prever, nada mais é que uma espécie de expectativa, criada a partir de experiências já gravadas antecipadamente em nossas mentes" (CORREIA, 2009, p.87)
Para entender melhor essa questão, vejamos uma clara e prática explicação de Agostinho sobre a real natureza daquilo que pensamos ser uma pretensa previsão do futuro:
Vejo a aurora e posso predizer que o sol está para surgir. O fenômeno que observo (a aurora) está presente, o que não vejo é futuro. Não é futuro o sol, que já existe, mas sim seu surgimento que ainda não se realizou; todavia, se eu não tivesse no espírito um imagem desse surgimento [...] não o poderia prever. No entanto, nem essa aurora que vejo, nem a imagem dela são o próprio nascimento do sol: são os dois fatos presentes que vejo e que me servem para predizer um acontecimento futuro. Portanto, o futuro não existe, de maneira nenhuma pode ser visto (CONFISSÕES XI, 18,24).
Para Agostinho, NÃO É POSSÍVEL, em hipótese alguma, hoje, PREVER O FUTURO, pelo simples fato de que não se pode ver ou mesmo antever algo que ainda efetivamente não existe.
Se o futuro existe, quero saber onde está [...] todavia sei que, onde quer que esteja, não será futuro, mas presente (CONFISSÕES, XI, 19,23).
Não é possível, ordinariamente, ao mortal prever o futuro. Como única possibilidade temos uma REVELAÇÃO, extraordinariamente, direta daquele que é Eterno e, portanto, vive num presente constante por decretar e saber, antecipadamente todas as coisas. A Bíblia relata episódios em que Deus, de fato, REVELOU O FUTURO (que só é futuro para os homens) a algumas pessoas, geralmente Profetas. Porém, segundo a boa Teologia Reformada, essa possibilidade foi encerrada, descontinuada, com o fechamento do Canon Bíblico. Sobre essa questão, diz a Confissão de Fé de Westminster, formulada no século XVII pelos Puritanos, no Capítulo I, DA ESCRITURA SAGRADA:

Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo. Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Cor. 1:21, e 2:13-14; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat. 4:4, 7, 10; Isa. 8: 20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19.

Sendo assim, todos os prognosticadores, adivinhadores, cartomantes, necromantes, crentes que dizem ter tido algum tipo de "nova revelação" ou "profecia", sem exceção, aqueles do "eis que te digo, varão", são "enganadores da fé alheia". 
 
Todos, sem exceção, são CHARLATÕES; ora em busca de prestígios e cargos em suas igrejas ora em busca de dinheiro fácil. E quando acertam algo? Generalidades previsíveis, em alguma medida. Para cada "acerto" há uma infinidade de chutes e erros.  Sem contar que, uma suposta previsão lançada sob um auditório repleto, pode, de alguma forma, coincidir com alguma situação que alguém esteja passando.

Essas tentativas de prever o futuro são extremamente repudiadas e condenadas por Deus, vejamos alguns exemplos:

Deuteronômio: 18.10 Não se achará entre ti [...], nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; 18.14 Porque estas nações que hás de possuir ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o SENHOR, teu Deus, não permitiu tal coisa.

Levítico: 19.31 Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. 20.6 Quando alguém se virar para os necromantes e feiticeiros, para se prostituir com eles, eu me voltarei contra ele e o eliminarei do meio do seu povo.

Isaías: 8.19 Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?

O que fazer, então, se não é possível prever o futuro para, de alguma forma, direcionar nosso presente? Isso não nos deixará extremamente ansiosos pelo dia de amanhã?

O Salmista Moisés (muitos desconhecem que Moisés, inspirado por Deus, foi autor desse Salmo), no Salmo 90, refletindo sobre a transitoriedade da vida do homem e sobre a Eternidade de Deus, aprende e nos ensina lições importantes, que devem acalentar nossos corações quando a expectativa irresistível e impossível de conhecer o futuro se nos abater a alma:

1º) Deus é Eterno. Deus sabe de todas as coisas, inclusive como será nosso futuro, que pra Ele já é presente. Afinal, ele sabe não porque, simplesmente anteviu algo e, sim, porque decretou que fosse assim, considerando, inclusive, as questões circunstanciais. Moisés aprende que deve confiar em Deus em todas as situações, sobretudo naquelas que lhes são ocultas, como o futuro, por exemplo;

2) O homem é transitório
. Moisés também aprende que é loucura viver fora de sintonia com os desígnios de Deus, que é Infinito e Eterno, e com Sua vontade;

3) Moisés aprende ainda que a única maneira de não viver uma vida, no presente, sem sentido, é ter todos os momentos de sua vida na presença do Senhor; cada momento, cada instante. Fazendo isso, devemos DEPOSITAR AOS PÉS DE CRISTO TODA A EXPECTATIVA do novo ano, bem como todas as incertezas, dúvidas, medos e ansiedades.

Diz Moisés em seu belo Salmo:
2.Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus. 3.Tu reduzes o homem ao pó e dizes: Tornai, filhos dos homens. 4. Pois mil anos, aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite. 10. Os dias da nossa vida sobem a setenta anos ou, em havendo vigor, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos. 12 Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio (SALMOS 90).

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

NATAL. OS DOIS LADOS DA MOEDA: UMA PROPOSTA EQUILIBRADA E CONCILIADORA


Deus, às vezes, nos ensina que nas contradições estão presentes os preceitos mais importantes da vida: quem quiser ser o maior, que seja o menor; quem quiser ser exaltado, será humilhado. Os últimos serão os primeiros, etc. Isso é um violento golpe contra nossa lógica da auto-suficiência.

Também neste período chamado natalino outra contradição, talvez a mais importante delas, nos surpreende: enquanto todos comemoram o Nascimento de Cristo, Ele nos manda olhar para cruz; para sua morte


“E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós (Lucas 22:19-20)”.

É de lá, da Cruz, e somente de lá, que vem a salvação; não da manjedoura, não de nenhum outro lugar:

“Por suas chagas, fostes sarados” (I Pedro 2:24). 

“Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53.5).

Castigo que traz paz; pisaduras que saram; benditas contradições!

A Manjedoura tão somente aponta para a CRUZ de Cristo, para sua morte e ressurreição.

Cristo nada teria feito se tivesse apenas nascido “para viver como um de nós”. Ou seja, diferentemente dos outros homens que nascem com o objetivo de viver e lutam até as ultimas forças para não morrer, Ele já nasceu para morrer. Sendo assim, seu nascimento não tem importância primária, é apenas um detalhe para lhe conferir humanidade. Ele tornou-se “um de nós” com o objetivo único de experimentar a morte por nós. Sendo assim, a manjedoura é apenas uma pregação profética da Morte e Ressurreição de Cristo.

Mas, se é assim mesmo, por que então o natal é comemorado por Cristãos no mundo inteiro?

Existe um movimento muito grande no meio protestante reformado, e também da IPB, contra a celebração do natal. Um rápida pesquisa na internet vai demonstrar como esse assunto tem sido debatido.

Esses irmãos que são contra o natal  argumentam que o natal surgiu a partir de uma antiga festa pagã do Egito, onde no dia 25 de dezembro o deus Sol era adorado. Na idade média o Catolicismo Romano trouxe essa festa pagã para dentro do Cristianismo e adaptou-a, substituindo o deus Sol por Cristo, dizem eles. Além disso, continuam, não existe nenhuma ordem nas Escrituras para comemorar o nascimento de Cristo e o próprio Jesus,todos sabem disso, não nasceu realmente no dia 25/12. Outro fato relevante é que os apóstolos jamais comemoraram ou mandaram comemorar o nascimento de Cristo.

Diante disso perguntamos: ESTÁ CORRETO o cristão protestante comemorar o nascimento de Cristo? Qual a posição da IPB sobre essa questão? Os símbolos de fé da IPB falam alguma coisa sobre isso? Vamos fazer uma rápida reflexão sobre esse assunto:

O catecismo maior de Westminster (entre as perguntas 46 a 54) tratando respectivamente sobre o ESTADO DE HUMILHAÇÃO e de EXALTAÇÃO de Cristo, nos dá uma possibilidade de caminho a seguir. Vejamos: pergunta 46: "Qual foi o estado de humilhação de Cristo? Resposta: Foi aquela baixa condição, na qual, [...] Ele tomou a forma de servo em sua CONCEPÇÃO E NASCIMENTO [...]".

Notem: o nascimento de Cristo representa a
HUMILHAÇÃO DE DEUS. Sim, Deus foi, verdadeiramente, HUMILHADO. Isso é para ser comemorado mesmo? Ao comemorarmos isso não estaríamos, antes, zombando de Deus? Expondo-o ao ridículo? Escarnecendo de um Ser que, naquele momento, nasce, inclusive, em situação de extrema calamidade, junto de animais? Obviamente que esse quadro só ocorreu por decisão Soberana Dele, mas isso não diminui sua "vergonha". Exaltar o nascimento de Cristo, não seria querer diminuir e “esvaziar” a glória de Deus, novamente? Perpetuar um momento que "é" para ser esquecido - o momento da HUMILHAÇÃO DE DEUS? Ora, Humilhação é contra a própria natureza de Deus, que tem, infinitamente, mais a ver com EXALTAÇÃO.

Veja agora o que diz a pergunta e resposta de nº 47: "Como se HUMILHOU Cristo na sua concepção e nascimento? Resposta: Cristo humilhou-se na sua CONCEPÇÃO E NASCIMENTO (dá pra acreditar que festejamos esse momento?) em ser, desde toda a eternidade, o Filho de Deus no seio do Pai, quem aprouve, no seu tempo, tornar-se Filho do homem, nascendo de uma mulher de humilde posição com diversas circunstâncias de HUMILHAÇÃO FORA DO COMUM". Comemorar o Natal não seria, em última análise, uma tentativa de HUMILHAR (contrário de exaltar) a Deus, novamente?

Ao lado disso, se não devemos comemorar o Natal (sendo essa a conclusão correta), o que comemorar então? A resposta seria bem simples:
O mesmo que comemoramos na CELEBRAÇÃO DA CEIA, isto é, o estado de EXALTAÇÃO de Deus.

Veja o que diz a pergunta de nº 51: Qual é o estado de EXALTAÇÃO de Cristo? Resposta: O estado de exaltação de Cristo compreende a sua RESSURREIÇÃO, ascensão e o estar assentado à destra do pai e a sua segunda vinda para julgar o mundo".

Notem:  
A aproximação de Deus com o homem (no sentido de tornar-se um de nós) é um estado de HUMILHAÇÃO. A aproximação de Cristo com Seu próprio Trono de Glória, perfazendo o caminho contrário ao de Filipenses 2:6-8, é um estado de EXALTAÇÃO.

Não seria mais prudente EXALTAR o que é para ser EXALTADO - A ressurreição de Cristo, sua ascensão, o fato de estar Ele à destra de Deus e sua volta com PODER e MUITA GLÓRIA?

Em contrapartida, não deveríamos esquecer o dia da HUMILHAÇÃO de Deus (tudo indica que essa tenha sido a postura adotada pelos Apóstolos, que não comemoraram, em nenhum momento, o nascimento de Cristo), sob pena de estarmos RIDICULARIZANDO o ser que deve ser EXALTADO, mas que decidiu, uma única vez, querer experimentar, por nós, a HUMILHAÇÃO?  


Esse é um lado da moeda. Mas,  AFINAL, COMEMORAR OU NÃO COMEMORAR O NATAL? 

Tudo isso que acabamos de argumentar acima, deve nos impulsionar a proibir a celebração do natal em nossas igrejas, sobretudo Igrejas Presbiterianas que adotam os símbolos de fé de Westminster? 


Vamos pensar de forma prática neste assunto. Vejamos algumas considerações importantes. Vejamos o outro lada dessa mesma moeda:

1ª) Em 2009 a IPB se pronunciou, oficialmente, CONTRA esses irmãos que querem proibir a celebração do natal. Então, qualquer tentativa de proibir essa celebração, na IPB, sem ser pelos meios legais, pelos concílios da igreja, será sempre arbitrária e sem legitimidade constitucional. Essa decisão pode mudar? Claro que sim. Contudo, lembramos que a IPB é uma igreja conciliar e ninguém tem o direito de querer mudar as coisas somente porque discorda delas, tendo já sido matéria de discussão e decisão nos concílios competentes. Quer mudar? Tem todo direito, mas deve fazer isso emitindo documento ao conselho da igreja que o remeterá às instâncias imediatamente superiores, sempre acompanhando as razões que o levaram a pleitear a mudança.

2ª) HOUVE ALEGRIA E COMEMORAÇÃO NO NASCIMENTO DE CRISTO:

Os evangelhos, no relato da cena do nascimento de Jesus,  nos mostram que houve alegria,  comemoração,  louvor e adoração na cena do nascimento de Cristo. Isso é indiscutível:

“O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo” (Lc 2:10).

“E, subitamente, apareceu com o anjo uma multidão da milícia celestial, louvando a Deus e dizendo:   Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem (Lc 2:13,14).

“Voltaram, então, os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado” (LC 2:20).

“Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus” (Lc 2:28).

“Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra” (Mt 2:11).

Evidentemente que a alegria é pela vinda do “salvador” e isso aponta, inegavelmente, para a cruz. Contudo, por outro lado, não dá para desprezar o fato de que todos esses textos citados acima relatam momentos de euforia pelo nascimento do messias. Não vemos tristeza, silêncio ou mesmo a  indiferença que muitos advogam hoje, em relação ao natal. Foi, de fato, um dia extremamente feliz, de "grande alegria". E por qual motivo? Pelo nascimento do menino-Deus. 


Se não houve comemoração pelo nascimento de Jesus, como relatam os evangelhos, não sei mais o que é uma comemoração!


Logo, isso pode ser um indício de que pode NÃO SER errado alegrar-se com o nascimento de Jesus, bem como relembrá-lo ou comemorá-lo. Podemos, inclusive, aproveitar a oportunidade para, via manjedoura, anunciar a cruz de Cristo. Será que realmente devemos perder tamanha oportunidade?

Se formos lembrar,  comemorar, louvar e adoração a Deus com cânticos pelo nascimento de Jesus, se formos comemorar o que convencionou-se chamar de natal, devemos URGENTEMENTE nos afastar de tudo que ofusca e desvie a atenção da manjedoura, do próprio Cristo e da sua cruz.  ENSINE PARA AS PESSOAS O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL, que aponta para a cruz de Cristo. Fica algumas dicas:


a) Não promova, não incentive, não iluda seus filhos e demais crianças com a história de papai Noel. Pelo contrário, ensine às crianças, desde cedo, que ele não existe ou mesmo ensine a macabra história de sua origem como pedófilo, conforme registrado na enciclopédia Britânica. Contribua para apagar completamente a figura do nada bom velhinho.

b) Não tenha, não compre, não enfeite, não ajude ninguém a ter árvore de Natal, guirlanda ou qualquer
 outro símbolo supostamente atribuído ao nascimento de Jesus, não tendo, obviamente, nenhuma  relação 
com  esse bendito acontecimento.

c) Foque na mensagem de esperança de salvação que o nascimento de Jesus proporcionou às pessoas de
 sua época e ainda proporciona hoje.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

DIA DO PASTOR PRESBITERIANO - 17 DE DEZEMBRO




TEXTO BÁSICO:  II TM 4:1-5

INTRODUÇÃO:

Você sabia que o dia do Pastor Presbiteriano existe por causa de um padre?

Isso mesmo - um padre que foi ordenado Padre em 1844. O nome dele era Padre José Manoel da Conceição. Sua primeira igreja foi na cidade de Limeira-SP.

Ele era um padre diferenciado: não cobrava pra fazer batizados nem casamentos; pregava a palavra de Deus em  seus sermões, muitos deles considerados heréticos por seus superiores.

O Padre Conceição, como era chamado, antes mesmo de ser padre conheceu uma família inglesa que estava morando no Brasil, também no interior de São Paulo. E contam os relatos históricos que ele ficava impressionado “com o modo como aquela família, aos domingos, deixava todos os seus afazeres para dedicar-se ao estudo da Bíblia, orar e cantar juntos”.

Ficou tão impressionado que foi estudar inglês e alemão para conversar melhor com seus amigos estrangeiros.

Em 1863, o missionário americano Blackford fez sua primeira viagem ao interior paulista e visitou aquele padre que aconselhava o povo a ler a Bíblia.

No ano seguinte, Conceição é que vai encontrar Blackford em São Paulo; depois de muitas entrevistas, decide, finalmente, deixar o sacerdócio romano.

Vem com Blackford para o Rio de Janeiro, onde encontra-se com o Rev Ashbel Green Simonton e, no dia 23 de outubro de 1864, o ex-padre Conceição, emocionado, é batizado na Igreja Presbiteriana, diante de algumas dezenas de pessoas e passou a ajudar Simonton na evangelização do Brasil, fazendo questão de retornar a todos as cidades que havia sido padre para pregar, agora, o evangelho genuíno de Cristo.

Em 17 de dezembro de 1865, o agora ex-padre, José Manoel da Conceição, foi ordenado pastor presbiteriano. Aliás, o primeiro pastor presbiteriano brasileiro. 

O dia da sua ordenação – 17/12 – foi então escolhido para ser o dia do pastor presbiteriano.

ELUCIDAÇÃO:

Essa história é muito interessante porque mostra nossa grande responsabilidade em estar sempre falando de Cristo para as pessoas e não somente falando, mas obedecendo seus mandamentos. Por causa do testemunho de uma família inglesa, que guardava o dia do senhor, um padre tornou-se pastor presbiteriano.

Agora, se nós temos, como servos de Deus, muitas responsabilidades, imagine um pastor.

Quando nós erramos no nosso trabalho, temos que dar satisfação ao nosso chefe. E isso não é nada agradável. Quando o pastor erra, quando o pastor não faz bem o seu trabalho  e não cuida das ovelhas como deveria, ele vai dar satisfações diretamente a Deus. E aí, amigo, a chapa é mais quente. 

Os Pastores Presbiterianos precisam entender, e, alguns, parece, ainda não entenderam,  a grande responsabilidade e privilégio que Deus colocou em suas mãos. Por isso, precisam trabalhar mais, se esforçar mais, visitar mais, estudar mais, dedicar maior tempo a suas atividades na igreja, aconselhar mais em gabinete. Reconheço que a maioria deles têm feito um grande trabalho, mas ainda é pouco. Pouquíssimo. A IPB, de forma geral, dispensa boas condições de trabalho a seus ministros. Por isso, precisam dedicar-se de forma integral à igreja. Precisam, em síntese, pastorear mais o rebanho que Deus confiou em suas mãos. Infelizmente muitas igrejas sofrem de raquitismo crônico por culpa de seus ministros, que não nutrem suas ovelhas. A mão do Senhor pesará fortemente contra esses.

Por isso mesmo, no texto que lemos, Paulo, trás uma série de conselhos ao jovem pastor Timóteo, que assumiu a igreja de Éfeso com apenas 16 anos de idade.

Aliás, poderíamos dizer que tanto I Timóteo quanto II Timóteo são cartas de um pastor mais velho, mais experiente e apóstolo de Cristo a um pastor que estava começando seu ministério.

De forma que se as duas cartas a Timóteo tivesse um tema, um título, poderia ser:

TEMA:  Conselhos a um jovem pastor

Mas antes de dar alguns conselhos novos e repetir alguns que já havia dado, Paulo “Conjura Timóteo perante Deus e Cristo Jesus. Esse verbo conjurar significa “Ligar-se a outro por meio de juramento”.

É como se Paulo tivesse dizendo: Timóteo: estou aqui com você e chamo Deus por testemunha disso que vou lhe dizer. Preste atenção. Depois não diga que eu não lhe avisei. Deus está vendo os conselhos que estou te dando. Você não tem desculpas. Não vá dizer depois que não sabia se não “um raio vai cair na sua cabeça”.

Paulo estava, na verdade, chamando Deus como testemunha para “incutir em Timóteo a máxima seriedade em sua tarefa” (BG, pg.1453).

Só depois dessa grave advertência, Paulo inicia mais uma série de conselhos àquele jovem pastor. Segura aí Timóteo. Segura aí pastor George:

ARGUMENTAÇÃO:

1º) O primeiro conselho é: PREGA A PALAVRA, insta (insistentemente) quer seja oportuno, quer não.

Pregar a palavra em todas as ocasiões, quer boa ou alegre quer má ou triste.

Um pastor não pode utilizar-se de outra ferramenta na condução de seu rebanho, se não a palavra de Deus.

Paulo insistia com Timóteo nesse ponto. Em vários momentos de sua carta ele menciona isso (I Tm 4:6). Parece algo óbvio, mas a insistência de Paulo em lembrar a Timóteo que o seu único instrumento de trabalho era a palavra de Deus.

Coisa triste é ver um pastor que tem abandonado a Palavra de Deus, trocado a palavra de Deus por diversão, por atrações e tantas outras aberrações.

Muitos pastores têm esquecido desses conselhos e têm levado suas igrejas à desobediência a Deus. Nos momentos alegres: Permitem que suas igrejas adorem a Deus como Deus não pediu para ser adorado, com danças, coreografias e tantos outros absurdos que temos visto. Nos momentos tristes: apelam para a psicologia. Tem igreja que tem até consultório psicológico em suas dependências. Já ouvi de um pastor que está fazendo psicologia que estava fazendo isso para “melhorar seu ministério”.

Paulo dizia: Timóteo. Você é pastor. Você é ministro de Deus. Seu único instrumento é Palavra de Deus, insista nisso. Fale da palavra em todos momentos, quer seja oportuno ou não. Nunca esqueça disso.

2º) O segundo conselho é: Corrige

Um pastor que só faz passar a mão por cima da cabeça, que encobre o pecado, que entende que a quebra dos mandamentos do Senhor é coisa pouca, desconfie. Provavelmente ele entende seu ministério ERRONEAMENTE como uma profissão e quer tão somente agarrar-se ao seu emprego para não perder sua bolacha. Acreditem, existe pastor assim.

3º) O terceiro conselho que Paulo dá ao jovem pastor é: repreende.
Mais uma vez: não queira agradar todo mundo não. Você é profeta de Deus. Fale o que tem que falar. Se necessário for, cajadada pra cima. 

4º) O quarto e último conselho é:  Exorta com toda longanimidade e doutrina

Corrigir, repreender, exortar não significa ser ignorante. Por isso Paulo lembra: faça tudo isso com longanimidade. Ninguém tá na igreja para ouvir grito de pastor. É como se Paulo dissesse: “seja sério, faça o que tem que fazer, repreenda, corrija, exorte, sem, contudo, PERDER A DOÇURA, que era própria de Jesus, aliás.

Mas a exortação, deve ser dentro da palavra. Pastor, não venha dar sua opinião, não venha contar suas experiências, porque elas não interessam a igreja de Deus. Dê doutrina, que é o estudo da palavra, para o povo.

Estava conversando com uma “pastora” aqui do Jordão e ela estava me dizendo “como o seu testemunho, sua história de vida tinha salvado muita gente”. Prontamente eu disse: faça isso não irmã! Sua vida não interessa pra ninguém. Pregue a palavra, ensine a palavra. Suas experiências com Deus são suas e o povo  não precisa delas.

CONCLUSÃO: 

Interessante que depois de dar esses 4 conselhos a Timóteo, Paulo diz: Timóteo faça tudo isso que eu disse, mas saiba de uma coisa: SEGUINDO ESSES 4 CONSELHOS VOCÊ VAI TER ALGUNS PROBLEMAS NA IGREJA. Seguindo esses conselhos você terá muitas aflições.
V.3,4 (LER)

Em seguida Paulo relembra: APESAR DE TODOS OS PROBLEMAS, SEGUIR ESSES CONSELHOS É SEU PAPEL. TEM A VER COM O MMISTÉRIO QUE VOCÊ ESCOLHEU. OU ENTÃO PEÇA PRA SAIR.

NÃO NEGOCIE A PALAVRA DE DEUS. O CERTO É CERTO. O ERRADO É ERRADO.

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