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sábado, 4 de maio de 2013

CURSO DE LIDERANÇA CRISTÃ - Parte 1/3



1-UM CHAMADO À LIDERANÇA
                       
“Eram como ovelhas que não têm pastor (Mateus 9:36).  O texto bíblico de Mateus trata da realidade do povo de Israel, quando este vivia sob dominação e opressão romana. Esta situação já era uma velha conhecida dos israelitas, é como se estivessem assistindo a reprise (evidentemente guardadas as devidas proporções) de um filme com um final “nada feliz”. Ao longo de sua trajetória Israel esteve sob dominação Egípcia, Babilônica, Persa e, agora, finalmente romana.

A dominação traz inúmeras conseqüências desastrosas para qualquer povo, e não era diferente com Israel, entretanto, uma dessas conseqüências comoveu o coração de Deus: “Vendo ele as multidões, compadeceu-se.” As pessoas  encontravam-se  “aflitas e exaustas” ou numa melhor  tradução "aflitas e desamparadas" ou ainda como traduz a versão corrigida "desgarradas e errantes".

Se observarmos bem, o estado  psicológico, emocional e social daquelas pessoas era grave (a figura é de ovelhas que são atormentadas por cães e largadas ao chão), contudo, apenas aponta para a real causa de estarem assim, para o motivo que foi capaz de comover as entranhas do Deus/Homem: “eram como ovelhas que não têm pastor”.

Há centenas de anos antes de Jesus presenciar que seu povo estava vivendo, perigosamente (pois o lobo está sempre à espreita para devorar), como ovelhas desgarradas, a preocupação que isso um dia viesse a acontecer já era muito grande. No livro de Números 27:12-17, encontramos Moisés suplicando a Deus que Ele providenciasse um outro LÍDER, a fim de que ”a congregação do senhor não seja como ovelhas que não têm pastor” (v17). Ver também  I Reis 22:17.
Em nossos dias  também vivemos, como diz John Haggai, em seu livro "Seja um  Líder de Verdade', uma  crise de liderança” à semelhança da presenciada por Jesus, como narra Mateus, bem como muitas outras contadas pela história e pela própria palavra de Deus, a exemplo da descrita pelo profeta Ezequiel: “busquei entre eles um homem que tapasse o muro...mas a ninguém achei” (ler Ezequiel 22:30).

Por isso tudo Deus está chamando Líderes (Ler Mateus 9:37-38). É importante  notar que no mesmo texto que Jesus se compadece por estar o seu povo errante, sem um LÍDER  que o conduzisse, dirigindo-se aos discípulos faz a famosa afirmação: “A seara na verdade é grande, mas os trabalhadores (LÍDERES) são poucos Rogai, pois ao Senhor da Seara que mande trabalhadores (LÍDERES) para a seara” (v.37 e 38). Notem que o chamado não é para “evangelizare sim para LIDERAR, para conduzir as ovelhas.

Deus está lhe chamando para ser um líder? Não responda antes de saber de algumas coisas que passaremos a dizer agora:

Os inimigos de batalha procurarão sempre acabar com você, inclusive o inimigo de nossas almas. Lembre-se: “uma guerra jamais acaba a menos que o LÍDER inimigo tenha sido derrotado e, de preferência, morto”. Temos um exemplo claro disso na atual guerra (2001/2002) Estados Unidos X Afeganistão. O poderio bélico americano está sendo mantido a peso de ouro na área onde “houve” a guerra simplesmente porque os LÍDERES inimigos ainda não foram derrotados.

Todos podem cometer erros e ainda que sejam punidos, jamais serão punidos como os  LÍDERES  que erram. Moisés não teria sido punido de forma  tão pesada se não fosse LÍDER do povo (Números 27:13-14) julgue o erro de Moisés (Números 20:8,11).


Assim como aconteceu com Moisés e muitos outros LÍDERES do povo de Deus você  receberá  um juízo mais severo que todas as outras pessoas, caso ainda queira ser um LÍDER (Tiago 3:1).

Meu conselho sincero é que pense friamente nisto que acabamos de alertar, ninguém é obrigado a ser um LÍDER, nem mesmo a querer ser um, antes de tomar sobre si tamanha responsabilidade. Talvez fosse melhor você abandonar este curso agora mesmo, ao final desta primeira aula. Caso você chegue a conclusão que quer ser um LÍDER, parabéns: você está pronto para servir, muitas vezes, de “pano de chão”, a fim de que seus liderados avancem. Deus o abençoe e volte na próxima aula, caso não pense melhor e reveja sua decisão.


2- DEFININDO O TERMO

Depois de tomarmos consciência da grande responsabilidade de ser um líder, como vimos no capítulo 1, bem como das cobranças que a ele são feitas, muitas vezes de forma ferrenha e dura, e ainda depois das advertências bíblicas acerca de se tornar um líder, caso ainda desejemos seguir adiante, é hora de refletirmos a definição do termo em si. O que é liderança ou liderar? Responder a essa pergunta é um passo tão importante quanto o próprio trabalho de um líder. Dependendo da definição ele tem em sua mente, sua liderança pode ser boa ou ruim, democrática ou dominadora, benéfica ou maléfica.

Um dos maiores estudiosos do assunto, em todo o mundo, John Haggai, assim define liderança:

“Liderança é o ESFORÇO de exercer CONSCIENTEMENTE uma INFLUÊNCIA especial dentro de um grupo no sentido de leva-lo a atingir METAS de PERMANENTE benefício que atendam as NECESSIDADES reais do grupo”.

Em qualquer definição as palavras que são usadas são importantes e devem ser escolhidas cuidadosamente, pois não são simplesmente palavras e sim idéias, conceitos. Na definição acima é usada a palavra CONSCIENTEMENTE, que indica que há uma dedicação total por parte do líder à sua tarefa de liderar. A palavra INFLUÊNCIA indica naturalidade no respeito que seus liderados terão por ele (muitos que se acreditam líderes não passam de prepotentes a pressionar os outros a engolir suas idéias). A palavra META refere-se à visão do líder, algo que ele quer que o grupo faça e também a uma série de realizações concretas, mensuráveis, destinadas ao cumprimento de uma missão. Outra palavra usada é  PERMANENTE que aponta para o resultado final da visão que o líder teve e que deve produzir mudanças que perdurem. NECESSIDADE indica que o líder deve ter sensibilidade para identificar e tentar sanar as prioridades do grupo e não as suas egoisticamente. E, finalmente, deixamos para a bordar a primeira palavra  ESFORÇO  por ultimo, porque será alvo de um estudo mais detalhado no capítulo seguinte. Indica que uma Pessoa não nasce líder, torna-se líder, com muito empenho e dedicação.

3- O LÍDER NASCE FEITO OU É FEITO?

Em 1980, uma importante publicação da Universidade de Harvard, a Harvard Business Review, publicou 15 artigos acerca de liderança, sob o título “Caminhos para o progresso pessoal: um líder não nasce feito, faz-se”. Esses artigos explicam que assim como um cirurgião, um astronauta ou um orador sacro, um líder não nasce feito, mas faz-se. “Deus pode dar dons especiais a alguns, mas esses dons jamais virão à tona se eles não fizerem algum esforço para desenvolve-los e exercitá-los. Esse dom, essa aptidão nata, essa herança genética, se existe, não pode ser dispensada, contudo ela só atingirá algum nível de eficiência quando provocada, incentivada, colocada sob a pressão das circunstâncias”.

Por outro lado, já que o líder não nasce feito mas faz-se, quem não possui aptidão natural não está DESQUALIFICADO para ser um líder. Deus determinou tarefas de liderança para Moisés e os apóstolos, por exemplo, mas eles tiveram que adquirir certas habilidades (estudando, praticando e observando) de liderança, do mesmo jeito que um homem vocacionado para o ministério do evangelho precisa aprender a pregar.

Demóstenes sofria de sérias dificuldades  para falar em público, raspou um lado da cabeça, para não perder tempo com sociabilidades, e passou a gastar horas diante do mar em incessante treinamento, até conseguir se superar, tornando-se um dos maiores oradores que o mundo já conheceu. Quantos e quantos cantores antes da fama não tiveram que amargar inúmeras  businadas e abacaxis, sendo depois reconhecidos como grandes nomes da música.

Se tais atitudes de persistência, treinamento e observância, foram capazes de superar a (muitas vezes) falta de aptidão em outras áreas, pode também vencer a falta de aptidão para liderar.

Ivan W.Fitzma, em seu livro “Você pode ser um grande líder” faz a seguinte afirmação: “liderança não é um traço inato nem uma tendência herdada”. A verdadeira diferença entre uma pessoa que é líder e outra que não lidera é apenas uma questão de ATITUDE.

Você tem um profundo desejo de ser um líder, mas acha que não tem aptidão? Lembre-se: o próprio desejo é a divina garantia de que você pode ser um grande líder. Você pode superar essa “suposta” falta de aptidão com disciplina, treinamento, exercício e observância.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

XEQUE MATE: A JOGADA DE MESTRE DE FELICIANO


Não sou nenhum pouco fã do Pr.Marcos Feliciano. Ele é um dos vários pregadores da prosperidade (própria) que envergonham o evangelho puro e simples da graça de Deus. Sua postura teológica, se é que existe, é lamentável, considerando a tradução delas em suas práticas religiosas.

Como Deputado também não é lá essas coisas. Foi eleito com uma votação expressiva, porém, todos sabem: com um voto muito parecido com o chamado "voto de cabresto". Numa negociata entre partidos e a presidência da República, em pagamento ao apoio dado por seu partido ao governo, foi eleito como presidente da até então pequenina e despretenciosa Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Pronto. Isso foi a "gota d'agua". 

Feliciano passou  a ser alvo de intensa perseguição (se justa ou não, você decide) por parte dos Gay's e de toda a comunidade LGBT, com forte apelo e apoio entre políticos, principalmente do PT e do PSOL; afinal, essa é uma causa que tem trazido olhares simpáticos da sociedade para quem a defende. 

Depois de muita pressão, interna e externa, em reunião com líderes partidários nessa terça-feira, 09/04/13, cujo objetivo era convencer Feliciano a renunciar, mas o pastor não mudou em nada sua postura e resolveu permanecer à frente da CDH. Mais ainda:

"O pastor chegou a ironizar que só deixaria a presidência da comissão se João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP) saíssem da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)". http://ne10.uol.com.br/canal/cotidiano/politica/noticia/2013/04/09/feliciano-diz-que-renuncia-se-mensaleiros-sairem-da-ccj-411337.php

Confira aqui também:

"Brasília – O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), ignorou o apelo feito hoje (9) pela maioria dos líderes da Câmara para que ele renunciasse ao cargo [...]. Como condição para renunciar à presidência da comissão, Feliciano exige que o PT retire os deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por terem sido ambos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A condição imposta por Feliciano não foi aceita". http://exame.abril.com.br/brasil/politica/noticias/feliciano-condiciona-renuncia-a-saida-de-petistas-da-ccj  
 
Sinceramente?

Achei essa saída genial. Jogada de mestre. Xeque Mate. 

Tenho que tirar o chapéu pra ele nessa. Mas só nessa, por enquanto.

O Deputado Marco Feliciano matou vários coelhos com uma paulada só. Vai continuar presidindo a comissão; vai parar de ser "amolado", porque os Ptistas e militantes da esquerda pró-gay procurarão rapidamente outro assunto para alardear e, ainda por cima, se ficar mesmo, terá status de herói e defensor da família e dos bons costumes. Se sair, na hipótese de sua proposta de renúncia ser aceita (o que é improvável), seria considerado o chefe da "Liga da justiça", uma vez que seria o responsável por provocar aquilo que todo o povo brasileiro quer: a saída dos Ptistas condenados no processo do mensalão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), uma das mais importantes e cobiçadas de Brasília.

sábado, 30 de março de 2013

A VISITA DO PAPA JOÃO PAULO II AO RECIFE E A CONFISSÃO DE FÉ DE WESMINSTER


Em 7 de Julho de 1980 uma criança de apenas 8 anos de idade presenciou a visita do Papa João Paulo II na Cidade do Recife, mais precisamente no bairro da Imbiribeira, próximo ao Aeroporto internacional dos Guararapes.

A foto acima é real e foi tirada por seu pai. Naquele dia as pessoas se aglomeravam para ver o Papa  em seu Papamóvel. A lembrança é de ter chegado muito perto do Pontífice. Um mito; o Santo Padre. Vê-lo era como ver o próprio Cristo.

32 anos depois da visita do Papa ao Recife, hoje (29/03/13), tive a oportunidade de rever a foto e relembrar daquele momento. Eu realmente estava lá; bem pertinho. Muita coisa mudou. Já não sou mais Católico Romano. Hoje sou oficial de uma igreja Reformanda - IPB. Minha visão acerca do pontificado da Igreja Catolica Apostólica Romana tambem mudou, e muito. O que penso sobre o sistema Papal? 

Abaixo transcrevo a opinião da Confissão de Fé Westminster, adotada como interpretação oficial da IPB. Essa posição e opinião acerca do Papado é a que subscrevo hoje, 32 anos após a visita de João Paulo II.

Não há outro Cabeça da Igreja senão o Senhor Jesus Cristo; em sentido algum pode ser o Papa de Roma o cabeça dela, mas ele é aquele anticristo, aquele homem do pecado e filho da perdição que se exalta na Igreja contra Cristo e contra tudo o que se chama Deus. Col. 1:18; Ef. 1:22; Mat. 23:8-10; I Ped. 5:2-4; II Tess. 2:3-4 (Confissão de fé de westminster, XXV.V).

terça-feira, 26 de março de 2013

ABANDONANDO TUDO PORQUE NÃO CONSIGO OBEDECER OS MANDAMENTOS DO SENHOR EM SUA INTEIREZA




Nós e nossa mania de perfeição. Julgamo-nos bons além da conta, mas para que isso não pareça prepotência, sendo, nos fazemos de coitadinhos para justificar nossa falta de compromisso com a verdade Revelada de Deus. Se não tomarmos cuidado, se não tivermos clareza do que realmente somos a religiosidade nos empurrará, impreterivelmente, aos famosos “túmulos caiados”.

Somos pecadores e essa condição não nos largará até sermos recolhidos ao Senhor, de uma forma ou de outra. Por conta disso, simplesmente não conseguimos cumprir a Lei Moral de Deus e seus demais preceitos em sua inteireza.

Isso deve nos levar a uma condição de desconforto diante de Deus. Era assim que se sentia o apóstolo Paulo, quando anunciava em tom trágico:

“Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem nenhum, pois o querer o bem está em mim; não, porém, o efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? (Romanos 7:18-24)”.

Segundo o Catecismo Maior de Westminster, essa agonia sentida por Paulo é provocada, de forma proposital, pela própria Lei Moral de Deus, que:

1º) Primeiro nos ordena obedecer sem pestanejar:

Pergunta 93:  Que é a lei moral?

A lei moral é a declaração da vontade de Deus, feita ao gênero humano, dirigindo e obrigando todas as pessoas à conformidade e obediência perfeita e perpétua a ela - nos apetites e disposições do homem inteiro, alma e corpo, e no cumprimento de todos aqueles deveres de santidade e retidão que se devem a Deus e ao homem (Deut. 5:1, 31, 33; Luc. 10:26-28; Gal 3:10; I Tess. 5:28; Luc. 1:75; At. 24,:16; Rom. 10:15).

Pergunta 95:  De que utilidade é a lei moral a todos os homens?

A lei moral é de utilidade a todos os homens, para os instruir sobre a natureza e vontade de Deus e sobre os seus deveres para com Ele, obrigando-os, a andar conforme a essa vontade.

2º) Nos mostra que não temos a menor condição de obedecê-la:

Pergunta 94:  É a lei moral de alguma utilidade ao homem depois da queda? 
Embora nenhum homem, depois da queda, possa alcançar a retidão e a vida pela lei moral, todavia ela é de grande utilidade a todos os homens (Rom. 8:3; Gal. 2:16; I Tim. 1:8).

95. De que utilidade é a lei moral a todos os homens? (Continuação)

A lei moral é de utilidade a todos os homens [...] para os convencer de que são incapazes de a guardar e do estado poluto e pecaminoso da sua natureza, corações e vidas; para os humilhar, fazendo-os sentir o seu pecado e miséria, e assim ajudando-os a ver melhor como precisam de Cristo e da perfeição da sua obediência (Lev. 20:7-8; Rom. 7:12; Tiago 2:10; Miq. 6:8; Sal. 19:11-12; Rom. 3:9, 20, 23 e 7:7, 9, 13; Gal. 3:21-22; Rom. 10:4).

O resumo da “ópera’ é mais ou menos o seguinte: Deus é Santo e o Padrão ou o modelo de Moral exigido por Ele é Ele mesmo. Ele não baixará esse nível de Santidade exigido de suas criaturas somente porque elas não conseguem atingi-lo. Não é sem motivos que ele prescreve “Sede santos porque Eu sou Santo” (I Ped 1:16). Ou seja, atingir esse modelo de Santidade é nosso alvo mas, ao mesmo tempo, sabemos que não conseguiremos jamais mas, mesmo assim, devemos continuar tentando, sempre, sempre e sempre. Desistir de tentar atingir esse padrão tonar-se pecaminoso.

Diante disso, quem não repetiria com Paulo “Desventurado homem que sou”?

Nessa altura de nossa breve reflexão algumas perguntas ecoam em nossas mentes, insistindo em não calar:

O que fazer, então? Liberar geral? Deixar de ensinar os Preceitos Corretíssimos e Santíssimos da Palavra de Deus porque nós mesmos não os conseguimos cumprir?

Tenho ouvido com preocupação esse argumento, escondido em frases do tipo: “quem é que cumpre todos os mandamentos aqui? Quem guarda o dia do Senhor como deve ser guardado?”.

Esse tipo de pergunta retórica, que só abre espaço para respostas do tipo “ninguém e ninguém” (conforme já demostrei pelo Catecismo Maior, acima), são extremamente falaciosas e perigosas. Beiram à heresia e estão carregadas de “dardos inflamados do maligno”. É assim porque, certamente, a sentença que vem a seguir é: “então ninguém pode cobrar que isso ou aquilo deixe de ser feito ou passe a ser feito”, ainda que o que é requerido seja claramente ensinado ou proibido nas Escrituras Sagradas.

Finalmente, devemos deixar de obedecer e ensinar alguns ensinamentos e preceitos Bíblicos porque não conseguimos obedecer outros ou eles mesmos? Absolutamente. Nossa incapacidade natural não nos isenta de tentarmos seguir esses preceitos novamente, novamente e sempre. É cair aqui, levantar-se e seguir de novo para o alvo.

Era assim que agia o Apóstolo Paulo. Sabedor que não conseguiria cumprir fielmente os mandamentos e preceitos do Senhor, ele não desistiu de tentar, não se permitia usar isso como desculpa para não continuar tentando, como muitos querem fazer. Apesar dessa angustiante luta, descrita por ele em Gálatas 5:17, Paulo prosseguia. Ele não recuava; ele teimava em tentar obedecer os preceitos eternos da Palavra de Deus.

Vejamos o que ele diz:

Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé;  para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte;  para, de algum modo, alcançar a ressurreição dentre os mortos. Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão,  prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Filipenses  3:7-14)

Façamos como o apóstolo Paulo: Prossigamos para o alvo, sempre. Desistir de tentar obedecer os mandamentos e preceitos da palavra de Deus, sob o argumento que “ninguém consegue” é pecaminoso.

quinta-feira, 21 de março de 2013

A SOLUÇÃO “DEFINITIVA” PARA O DEBATE EM TORNO DA QUESTÃO DA HOMOSSEXUALIDADE


Religiosos, deixem os Gay’s em paz! O que os senhores têm a ver com as práticas sexuais dos outros? Absolutamente nada. Se Preocupem mais com suas vidas e deixem a vida dos outros. Eles são livres para ser o que bem entenderem. Eles se dizem satisfeitos e felizes do jeito que são; do jeito que escolheram ser. Talvez, até mais felizes que os senhores. São cidadãos que, igualmente a vocês, pagam impostos, cumprem com suas obrigações sociais. Isso pressupõe que, igualmente a vocês, possuem todos os direitos garantidos por um  estado laico. O que os senhores querem? Transformar o país numa grande igreja? Por favor, não façam isso. A depender dos exemplos que temos visto do “evangelicalismo moderno”, o país sucumbiria.

Mas, toda moeda tem dois lados. Os Gay’s também são fogo. Têm, certamente, sua parcela de intransigência nesse debate.  O que os senhor(es/as?) querem? Imagino que viver sua opção sexual sem nenhum constrangimento, não é isso? Concordo plenamente. Também não gostaria de ser maltratado pelo fato de ser heterossexual. Porém, a forma como estão tratando a questão é que está criando toda essa celeuma. Hoje, sem PL-122, se algum Gay for agredido(a), moral ou fisicamente, o que acontecerá com o agressor? Irá preso, responderá processo, etc, etc. Da mesma forma que aconteceria com um “não-Gay’. Ou seja, vocês já estão protegidos, como qualquer outro brasileiro, contra os desmandos dos foras-da-lei. Vocês não precisam de uma Lei específica. 

Esse ponto realmente tem gerado muita polêmica e entendo que ele é fundamental para a solução definitiva do problema. Penso que se abrirem mão dessa ideia de uma Lei específica, nos moldes da PL-122, tudo ficará mais fácil de ser resolvido. “Abortem” esse pensamento; ele é desprovido de logicidade. Vejam: eu sou muito chato, por opção. Tenho o direito de sê-lo, desde que não invalide o direito dos outros; a velha máximo do direito. Suponhamos que alguém não goste do meu jeito “cabuloso” de ser e resolva me agredir, me xingar, me denigrir e até me bater. Precisaria eu de uma lei da “chatofobia” para enquadrá-lo? Obviamente que não. Procuraria meus direitos na forma da lei, que já existe. Por que simplesmente vocês não fazem o mesmo? Esse seria um passo importante na mediação desse conflito. 

A PL-122 é boa pra vocês, mas invade o direito de outras pessoas. E isso não é legal, não é verdade? Vocês são vítimas constantes desse tipo de procedimento, não podem enveredar pelo mesmo caminho. 

Se reter o direito das minorias já é errado imagine, então, das maiorias?!

Por incrível que parece, a solução dessa briga é bem simples e depende muito dos Gay’s.


É sabido por todos que no cerne dessa briga está a questão Religiosa. É uma briga entre Gay’s e Religiosos, principalmente evangélicos, em última análise.

O que proponho abaixo solucionará todo esse problema. Os dois lados precisarão fazer sua parte. Estão prontos a buscarem a solução definitiva para esse debate em torno da questão homossexual?  

A parte dos Evangélicos e outros Religiosos já está posta logo no início desse post. Agora vamos à parte que cabe aos Gay’s, similares e outros simpatizantes. Seguinte:

Esqueçam o Deus pregado pelo Cristianismo. Esqueçam o Cristianismo. Desprezem a Bíblia. Virem ateus, nesse sentido. Vivam como se o Cristianismo, de fato, não existisse. Esqueçam que um dia vocês ouviram falar da Bíblia. 

Pronto. Façam isso e verão que terão paz no exercício pleno de sua homossexualidade ou de sua homoafetividade. 

Certamente se vocês não tiverem nenhuma pretensão de se tornarem Cristãos ou membros de alguma igreja evangélica, não terão mais nenhum problema nessa área. Serão realmente livres, como sempre quiseram. Façam o teste.

Enquanto os senhor(es/as) insistirem na possibilidade de uma convivência harmônica entre sua opção sexual e o Cristianismo, esse problema será sempre reavivado. A razão disso é muito simples: O Cristianismo e a Bíblia são completamente incompatíveis com a prática homossexual. Isso sempre foi tratado como Pecado e sempre continuará a ser. Não tem como mudar isso. Para outras áreas do saber, como a sociologia, psicologia, antropologia, por exemplo, não há essa dificuldade. Voltem-se, então, para essas outras áreas. Tornem-se alheios à Religiosidade Cristã. Sejam "entregues a si mesmos", autônomos. Façam côro com o filósofo ateu Friedrich Nietzsche, que alardeava contra toda divindade e contra toda religiosidade: "Deus morreu e nós o matamos". Matem, também, a ideia da possibilidade da existência do Deus da Bíblia em suas mentes e em seus corações. Não permitam que fique nenhum indício de possibilidade da menor aproximação com o Cristianismo e com a Bíblia. Façam isso e vivam uma homossexualidade completamente desprovida de culpas.


Para que os evangélicos, católicos e demais religiosos aceitem um “cristão gay”, eles precisarão abrir mão dos pressupostos mais basilares da fé que professam. Percebam que é praticamente uma agressão, uma violação da liberdade de culto. Entendam esse lado da moeda também.

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