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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

MARTORELLI DANTAS E A CLIMATIZAÇÃO DO INFERNO


A bíblia conta a história de um Rei que um dia deu lugar à cobiça em seu coração. Essa história tem se repetido com diferentes personagens e com diferentes variantes. Primeiro cobiçou dinheiro, depois a mulher do próximo. Olhou ele e viu que “ela era mui formosa”. Prontamente ordenou que a trouxessem e a possuiu. Pronto! O que era apenas tentação e não pecado virou adultério; uma flagrante quebra do sétimo mandamento, “não adulterarás”. O grande problema é que a mulher engravidou. O pecado ficaria evidente a todos. O rei precisava fazer algo para evitar.

Acusado por sua consciência e pelo conhecimento da “verdade”, conforme aprendeu desde a sua infância, teve uma idéia: SE FOSSE POSSÍVEL RELATIVIZAR E FAZER COM QUE ALGO QUE É PECADO DEIXE DE SER ENTENDIDO COMO PECADO, então teria resolvido o problema. Bastava tão somente convencer a todos que as pessoas do passado pensavam assim por que eram ignorantes. Brilhante!

Chamou ele o marido da mulher, que estava no campo de batalha, e sugeriu que se deitasse com ela para, por fim, atribuir-lhe o ônus (ou bônus) de sua gravidez “indesejada”. Isso o tornaria ISENTO DE CULPA, pelo menos diante das pessoas. Ninguém lhe poderia acusar, afinal, ONDE NÃO HÁ PECADO NÃO HÁ JULGAMENTO OU ACUSAÇÃO.

Mas o rei não contava que ainda existissem pessoas fiéis aos “antigos pressupostos”. O marido traído não se deitou com ela. Nesse momento o plano B entra em ação. O marido precisaria morrer para que a história não se voltasse contra o rei, trazendo assim, sobre ele, a necessidade de ASSUMIR AS CONSEQUÊNCIAS DE SEU PRÓPRIO ERRO E FOSSE PUNIDO POR ELE. Mas o rei não poderia matá-lo, abertamente, pois todos e a sua própria consciência o acusariam de PECADO, de quebra do sexto mandamento: “Não matarás”.

O que fez ele? Utilizou o mesmo recurso de tentar CAMUFLAR SEU PRÓPRIO PECADO, para que as pessoas o tivessem por inocente, afinal, como já dissemos: ONDE NÃO HÁ PECADO NÃO HÁ JULGAMENTO, NEM ACUSAÇÃO E ACRESCENTAMOS: NEM DISCIPLINA.

O plano deu certo por algum tempo. O rei, com sua “majestade e maestria”, conseguiu convencer a muitos que nada pesava sobre ele. Fazia isso com um brilhantismo ímpar. Sua expressão, ao defender sua inocência, tendo MUDADO, PARA AUTO-BENEFICIAR-SE, O DNA DO PECADO, era de uma brancura semelhante às suntuosas construções caiadas, lembradas por Jesus.

Mas o rei tinha uma atitude no mínimo contraditória; dúbia: só RELATIVIZAVA a “verdade estabelecida” quando lhe era conveniente. Para ele, o benefício da dúvida; para os outros, o rigor da Lei. Ora, se a VERDADE depende da subjetividade daquele que interpreta os fatos e não está nos fatos ou nos fenômenos em si, não seria óbvio concluir que a VERDADE dos outros também deveria ser aceita e considerada tão boa e verdadeira quanto a nossa, no mínimo? Mas não era isso que acontecia com o rei. Ele julgava, mas não queria ser julgado. Sentenciava, mas não queria receber sentença alguma. Rotulava os outros, mas não admitia receber rótulos.

Qualquer semelhança poderá ser, apenas, mera coincidência, mas não necessariamente.

“O que interessa a Jesus não é o que eu fiz; o que interessa a Jesus não é com quem eu durmo; o que interessa a Jesus é se eu o amo" (MARTORELLI DANTAS).

Fico me perguntando se isso inclui também relações homossexuais. Afinal, o importante é o amor. Não é um absurdo pensar isso. Primeiro porque a declaração abre um leque de possibilidades. Segundo porque o Liberalismo Teológico, historicamente, não inibe, antes, admite, esse tipo de comportamento. O Drº Augustus Nocodemos, em entrevista para “Defesa da Fé”, explica com clareza esse binômio Liberalismo X Homossexualismo:

Defesa da Fé – Em sua avaliação, o liberalismo pode ser apontado como um dos fatores responsáveis pela adesão às causas pró-homossexualidade que adentraram em muitas igrejas dos EUA e que já começaram a grassar no Brasil? Profº Nicodemus – Sim, mas sem generalizar. Uma vez que a Bíblia é vista como reflexo da fé e da crença do povo de Israel e dos primeiros cristãos, e não como Palavra infalível de Deus, os valores e os conceitos que ela traz são vistos como culturalmente condicionados e irrelevantes aos tempos modernos, em que os valores são outros. Dessa forma, o que a Bíblia diz, por exemplo, sobre a prática homossexual, é interpretado pelos liberais como fruto da cultura da época, que não sabia que a homossexualidade é uma opção sexual, e também que as pessoas nascem geneticamente determinadas à homossexualidade. Em igrejas onde a ética da Bíblia é vista como ultrapassada, fica aberta a porta para a conformação da ética da Igreja à ética do mundo. Conforme: http://www.icp.com.br/86entrevista.asp

Recentemente, no programa CONSENSUS, apresentado pelo Rev . Roberval Goes, o ex-pastor presbiteriano e ex-pastor Episcopal, Martorelli Dantas fez algumas declarações acerca da fé, da bíblia, da teologia e do procedimento cristão, que deixou muita gente “estupefada”, para utilizar a expressão do apresentador do programa. Antes de qualquer coisa, seria interessante ao leitor procurar saber por que Martorelli saiu da IPB e também da igreja Episcopal. Aproveitem e postem aqui nos comentários, caso desejem e tenham informações verídicas. Isso também ajudará a entender sua nova postura de amor aos pressupostos liberais.

Veja nos vídeos abaixo trechos da entrevista com Martorelli Dantas:


Como diria o sábio: “nada novo debaixo do sol”. Martorelli apenas reafirmou as mesmas ladainhas do liberalismo teológico. Destacaremos abaixo apenas algumas:

1- As bases filosóficas da Negação do ensinamento bíblico-ortodoxo do Inferno:

“O evangelho que eu creio é um evangelho que não precisa do fogo eterno. Eu não acredito numa condenação eterna por um motivo simples: eu acredito num Deus que é amor, graça e misericórdia [...]. O inferno é você, tendo a possibilidade de gozar comunhão com o Pai viver alienado dessa relação com o pai [....]. Céu é saber da presença de Deus na sua vida [...]. Inferno é o estado de vida de qualquer pessoa, que confia apenas em si mesmo, confia apenas nos seus recursos, confia nos seus parentes [...], portanto, o inferno é o estado de alienação de Deus” (MARTORELLI DANTAS).

Evidentemente que Martorelli não inventou isso do nada. Seus pressupostos são tão contaminados pelas idéias de Paul Tillich - reconhecido teólogo liberal -, entre outros, quanto é possível ser. Veja abaixo as bases filosóficas que influenciaram Tillich em seu pensamento – diferente do ensinamento bíblico-ortodoxo - sobre o inferno e, de tabela, traçou o norte do “novo” pensamento Martorelliano:

“Tillich [...] está cônscio de que o desespero é inescapável. A própria palavra, segundo ele, significa "sem esperança" expressando "o sentimento de uma situação da qual não existe 'saída'" . Além de Kierkegaard, Tillich também tem em mente uma peça teatral de Jean-Paul Sartre, escrita em 1944, um pouco antes do fim da guerra. A peça tem como título "Huis Clos", no português "Portas Fechadas" [....]. Sua interpretação é absolutamente inseparável das teses de "O ser e o nada", em que o essencial das relações entre as coisas é o conflito. A peça é a estória de três pessoas condenadas ao inferno. Não o inferno cristão, com cheiro de enxofre e a presença de Satã como carrasco, mas uma sala decorada no estilo do Segundo Império, com três poltronas e uma estátua de bronze sobre a lareira. Levados a esta sala pelo Criado chegam os "mortos": Garcin (um homem de letras), Inês (uma funcionária dos correios, lésbica) e Estelle (uma mulher da alta sociedade) são enclausurados e condenados ao inferno por não terem assumido a liberdade que lhes facultava sua condição humana. Cada um, a seu modo, escolheu uma forma de alienação e foram obrigados a se tolerarem mutuamente. Assim, todos descobriram que "o verdadeiro inferno são os outros" e perceberam que o carrasco era cada um deles para cada um dos outros . A experiência do desespero, descrita por Sartre nessa peça, aponta para a questão decisiva que está teologicamente envolvida no significado de desespero [...] arrazoado por Tillich”. Disponível em: http://metodista.uol.com.br/ppc/correlatio/correlatio03/o-significado-de-desespero-e-o-problema-do-suicidio-em-paul-tillich

Interessante que Martorelli fala com tamanha propriedade desses assuntos que os menos avisados incorrerão, certamente, no erro de acreditarem que ele é autor e descobridor dessa “nova” interpretação; que ele está fazendo uma nova teologia. Não está. Ninguém duvida de seu brilhantismo como orador (um dos melhores que já tive oportunidade de ouvir), mas, com relação a tudo que falou, nada mais fez a não ser reproduzir o pensamento de outros Teólogos Liberais do passado.

Martorelli fez uma afirmação bem interessante sobre os modelos de interpretação: “toda “interpretação, toda hermenêutica, é engajada; é comprometida com certos interesses”. Apesar de admitir que até mesmo a “sua” interpretação (a que escolheu para crer, melhor dizendo) não consegue ficar fora desse comprometimento com “certos interesses”, age e fala como se fosse alguém completamente isento delas e, portanto, alguém que detém a VERDADE, em si, e é exatamente isso que lhe dá o “direito”, por exemplo, de chamar o Calvinismo – e de tabela todos os Calvinistas convictos – de “doutrina farisaica e fariseus”. Sua atitude e opção teológica deixa bem claro quais são seus compromissos e interesses: viver uma vida desregrada sem ter ninguém que lhe possa convencer de seus próprios pecados. Por isso mesmo abraçou com todo seu amor a Teologia Liberal como lastro de abono de suas ações pecaminosas. Esquece, porém, que a Lei Moral de Deus está gravada no coração do homem, queira ele ou não. Ainda que convença o mundo inteiro que ADULTÉRIO NÃO É PECADO, sua consciência jamais lhe deixará viver em paz.

Um artigo muito relevante, publicado no site da Editora Fiel, traz luz sobre o pensamento liberal acerca do inferno:

“Embora certo número de crenças centrais e doutrinas essenciais tenha sido submetidos a revisão liberal ou a rejeição franca, DOUTRINA DO INFERNO (grifo meu) foi muitas vezes objeto de maior protesto e negação. Considerando o inferno e suas doutrinas relacionadas, o pastor congregacionalista Washington Gladden declarou: “Ensinar uma doutrina como essa a respeito de Deus é infligir ao cristianismo uma injúria terrível e subverter os próprios alicerces da moralidade”. O inferno tem sido um componente da teologia cristã desde a época do Novo Testamento, mas se tornou um odium theologium – uma doutrina considerada repugnante pela maioria da cultura e agora mantida e defendida somente por aqueles que vêem a si mesmos como conscientemente ortodoxos no compromisso teológico. O romancista David Lodge fixou a década de 1960 como a data do desaparecimento final do inferno (num artigo intitulado “UM INFERNO COM AR CONDICIONADO”). “Em algum ponto nos anos 1960, o inferno desapareceu. Ninguém pode dizer ao certo quando isso aconteceu. Primeiro, ele estava lá; então, sumiu”. O historiador Martin Marty, da Universidade de Chicago, viu a transição como simples e, pelo tempo em que ela ocorreu, não percebida. Ele afirmou: “O inferno desapareceu, e ninguém percebeu”. Disponível em:
http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=319

Ainda sobre as bases filosóficas da negação do inferno na perspectiva bíblico-ortodoxa, por Martorelli, podemos encontrá-las, nas entrelinhas, em um artigo escrito por ele, intitulado “ENTRE NIETZSCHE E HODGE”, do qual reproduzimos parte:

“Nietzsche é a alma filosófica mais próxima a minha [...].Hodge era um pensador sistemático, como de resto o são os protestantes. Seu pensamento é esquemático, seu Deus é esquartejável, cabe em compartimentos, em tomos teológicos analisáveis pela lógica cartesiana [...]O dogma da harmonia das Escrituras era o martelo e o formão para deixar plano o sinuoso e a lamparina para clarear o obscuro. Mas fiquei velho para tais contorcionismos, quero ver o que se pode e aprender a andar na penumbra onde a natureza não lançou luz [...]. Nietzsche muito me ajudou nisso tudo. Aproximei-me dele através das frases bombásticas, como a maioria das pessoas. Afirmações como a de que Deus morreu me impressionaram, queria saber do que ele estava falando, queria ler o autor de contundentes assertivas, forjadas em um coração tumultuado, crescido num lar luterano. Entendi o que ele queria dizer. O deus que morreu é aquele que já não cabe em uma alma livre. Liberta pela revelação de que o verdadeiro Deus é Pai presente e amoroso, de que não é alguém a quem temer, mas para se confiar e contar. O filósofo alemão nos chama para viver o aqui e agora, mas acima dos tabus e preconceitos nascidos das taras moralistas da hipocrisia reinante. O deus que morreu é o de Hodge”. Disponível em:
http://comuncrista.wordpress.com/2008/06/02/entre-nietzsche-e-hodge/

Abraçado e influenciado por essas bases filosóficas, principalmente via teólogos liberais, que por sua vez também beberam nas mesmas fontes turvas da “vã filosofia” (porque existe a que não é vã), que teve sua origem no mais límpido ateísmo, só poderia dar no que deu. Porém, no caso de Martorelli, não culparia a filosofia, por mais perniciosa que seja. Diria com o profeta Jeremias: “de que se queixa ele ainda? Queixe-se dos seus próprios pecados”.

2- Martorelli nega a doutrina bíblica da disciplina eclesiástica:

Um dos principais argumentos de Martorelli para negar a validade da Disciplina Eclesiástica é o fato de Jesus não ter disciplinado ninguém. Segundo ele, deveria ter feito no caso de Pedro, quando o negou, e do próprio Judas, quando o traiu, mas não o fez. “Jesus não se ocupa com isso”, concluiu. Esse argumento parece ser muito forte, mas não passa de uma falácia e de uma bem ajustada técnica sofista que tenta, intencionalmente, confundir o ouvinte. Durante o ministério de Jesus a igreja (como comunidade eclesiástica) ainda não havia sido estabelecida, nos moldes convencionais, o que só vai acontecer depois de sua ressurreição, logo, NÃO HAVIA ESSA NECESSIDADE DE DISCIPLINA ECLESIÁSTICA. Aliás, a palavra ECLESIÁSTICA é derivada da palavra grega εκκλησία [ekklesia] e da latina ecclesia. Obviamente que só passa a ter sentido e significado dentro de um contexto de igreja. Por isso mesmo, esse assunto é tratado de forma mais densa nas cartas direcionadas às igrejas. Mesmo assim, o próprio Jesus (já que Martorelli despreza as outras falas da bíblia) tratou do assunto:

“Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. 18.16 Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. 18.17 E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano” (Mateus 18:15-17).

Mas, esse texto, provavelmente, é um daqueles rejeitados por Martorelli.

Lembrado pelo apresentador do programa, Rev.Roberval Goes, que no passado também havia disciplinado e presidido muitos tribunais eclesiásticos, Martorelli responde em tom de arrependimento:

“eu pediria perdão a todas as pessoas que um dia sentaram-se em um tribunal eclesiástico comigo” (MARTORELLI DANTAS).

Nesse momento da entrevista vi o quanto meu antigo professor é brilhante e um especialista na arte da auto-defesa. Nada mais óbvio do que desabonar tal ensinamento bíblico. Ensinar isso seria dar um tiro no próprio pé.

Veja a opinião de Martorelli sobre a disciplina eclesiástica em um artigo escrito por ele, intitulado: “Descobrindo Tribunais”:

“Hoje eu quero lhes falar sobre os que armam tribunais. Sobre aqueles que vivem colocando seus semelhantes, amigos e parentes, e não raro a si mesmos, diante de cortes de justiça. Todo mundo para eles é um réu em potencial; eles não têm relacionamentos, têm processos; estão o tempo todo formulando ou recebendo queixas, denúncias…construindo casos; não dão opiniões, emitem sentenças. Se não são juízes por ofício, o são por vício. Faltam magistrados no Judiciário, mas eles abundam por toda parte, em casa, no trabalho, na escola e até mesmo na igreja de Cristo Jesus. E por que não devemos julgar os nossos irmãos? 1- Porque Deus não nos confiou esta autoridade. Assim, quem julga o seu irmão está usurpando um poder e um direito que o Pai reservou exclusivamente para si na presente dispensação; 2 Porque como irmãos somos suspeitos para exercer juízo sobre eles. Nós somos sempre família do réu, e o nosso lugar não é a cátedra de juiz, mas o banco humilhante e frio, especialmente reservado para os parentes de quem está sendo julgado; 3. Porque também somos culpados de nossos próprios pecados. Como pecadores, temos consciência que chegará o momento em que seremos julgados pelo bem ou mal que tivermos praticado. Somos réus no tribunal da graça e da misericórdia de Deus; 4. Porque o fato de sermos igualmente pecadores, impede que vejamos os pecados de nossos irmãos de forma adequada, para que possamos fazer qualquer juízo válido e competente; 5. Porque quando julgamos alimentamos o monstro das relações judicantes, que findarão apor vitimar a nós mesmos. Alguns podem dizer que este tipo de postura estimula a impunidade no meio da igreja e finda por favorecer um tipo daninho de permissividade. Eu creio que não! É minha função dizer que o adultério é pecado. E o adúltero? Entreguemo-lo ao Senhor (NADA DE DISCIPLINA ECLESIÁSTICA. ALGUÉM SUPÕE POR QUÊ? Grifo meu). É minha obrigação ensinar que o homossexualismo é pecado. E o homossexual? Entreguemo-lo a Deus. É minha obrigação afirmar que a mentira é pecado. E o mentiroso? Entreguemo-lo a Deus. Disponível em: http://comuncrista.wordpress.com/

3- A negação da suficiência das Escrituras na velha máxima do Liberalismo: “A bíblia não é a palavra de Deus, mas contém a palavra de Deus”.

O “compromisso” de Martorelli com esse pressuposto liberal é flagrante. Veja o que ele diz:

“Não tenho compromisso com Isaias e vou mais longe: não tenho compromisso nem mesmo com Paulo. Eu sou discípulo de um carpinteiro. Meu compromisso é com Jesus de Nazaré” (MARTORELLI DANTAS).

Quem conhece Martorelli há algum tempo não vai estranhar muito a afirmação acima. Há informações que, ainda professor do SPN, foi encontrado ensinando que Gêneses é mito.

Falando sobre essa postura Liberal face as escrituras, o Drº Augustus Nicodemos Lopes, na mesma entrevista já citada, para “Defesa da fé”, aborda de forma profunda essa questão. Reproduzimos trechos da entervista para que possamos entender o que Martorelli (e os outros liberais) pensa sobre a Bíblia.

“Defesa da Fé – O alemão J. Solomon Semler distinguiu a “Palavra de Deus” da “Escritura”, e esse é um dos princípios que norteiam o liberalismo teológico. O senhor poderia nos esclarecer um pouco mais sobre essa distinção? Profº Nicodemus – Por detrás desta declaração de Semler está a crença de que a Escritura contém erros e contradições, lado a lado com aquelas palavras que provêm de Deus. Desta declaração, percebe-se também os pressupostos racionalistas do Iluminismo quanto à impossibilidade do sobrenatural na história. Partindo desses pressupostos teológicos, os críticos iluministas se engajaram na busca da Palavra de Deus que, supostamente, estava dentro da Escritura, misturada com erros e contradições. Essa busca se tornou o objetivo do método histórico-crítico, que é fazer a separação entre essas duas coisas, por meio da exegese “científica”, e descobrir a Palavra de Deus dentro do cânon da Bíblia. O subjetivismo inerente aos critérios utilizados para reconhecer a Palavra de Deus dentro do cânon fez que os resultados fossem completamente díspares. Até hoje, não existe um consenso do que seria a Palavra de Deus, dentro do cânon, reconhecida e aceita pelos próprios críticos. Defesa da Fé – Quais são as implicações mais prejudiciais dessa diferença para o cristianismo? Profº Nicodemus – O problema que os evangélicos e conservadores sempre tiveram com essa diferenciação e com o método histórico-crítico que surgiu dela é que ambos pressupõem, desde o início, o direito que o crítico tem de emitir juízos sobre as afirmações bíblicas como sendo ou não verdadeiras. Para os críticos liberais, interpretar a Bíblia historicamente significava, quase que por definição, reconhecer que a Bíblia contém contradições. Para eles, qualquer abordagem hermenêutica deixa de ser histórica se não aceitar essas contradições. Em resumo, concordar que a Bíblia não era totalmente confiável se tornou um dos princípios operacionais do liberalismo e de seu “método histórico-crítico”. Tal desconfiança se percebe, por exemplo, nas declarações de Ernest Käsemann, um dos críticos recentes mais proeminentes. Seu desejo é “distanciar-se da superstição incompreensível de que no cânon [bíblico] somente a fé genuína se manifesta”. Para ele, “a Escritura, à qual as pessoas se rendem de maneira não-crítica, não leva somente à multiplicidade de confissões, mas também a uma confusão indistinguível entre fé e superstição”. Essas declarações de Käsemann representam bem o pensamento liberal sobre a Bíblia. Disponível em:
http://www.icp.com.br/86entrevista.asp

J.G. Machem, em seu livro Cristianismo e liberalismo, faz a seguinte afirmação acerca do Liberalismo Teológico. É importante conhecermos esse assunto para, assim, entender os ensinamentos anti-bíblicos de Martorelli:

“O liberalismo representa a fé na humanidade, ao passo que o cristianismo representa a fé em Deus. O primeiro não é sobrenatural, o último é absolutamente sobrenatural. Um é a religião da moralidade pessoal e social, o outro, contudo, é a religião do socorro divino. Enquanto um tropeça sobre a ‘rocha de escândalo’, o outro defende a singularidade de Jesus Cristo. Um é inimigo da doutrina, ao passo que o outro se gloria nas verdades imutáveis que repousam no próprio caráter e autoridade de Deus”. A história tem provado que onde o liberalismo teológico chega a Igreja morre. Disponível em: http://www.cacp.org.br/estudos/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=936&menu=7&submenu=4

Em tudo isso que abordamos acima uma coisa fica muito clara: Martorelli escolheu o lado do Liberalismo Teológico para viver e lastrear suas atitudes. Apesar de ter plena convicção de que está, agora, do lado certo, nada pode lhe assegurar isto, uma vez que, pela sua lógica do “terceiro incluído”, também utilizada pelo Liberalismo Teológico, todos podem estar, de alguma forma, certos, uma vez que não existem verdades em si; uma vez que, como o próprio Martorelli afirma, “A interpretação é algo que acontece no intérprete não no texto”. Sendo assim, Martorelli não está, necessariamente, certo. Mas, infelizmente, essa parece ser uma opção sem volta para ele.

O mais grave de tudo, em nossa opinião, é que se o discurso Liberal de Martorelli estiver errado (e tudo leva a crer que está), ele está iludindo muita gente. Muita gente chegará no inferno na esperança de encontrar uma central de arcondicionado plantada por ele, mas só encontrar o rigor do fogo eterno.

Martorelli, juntamente com todos os seus tutores Liberais, promoveram uma verdadeira CLIMATIZAÇÃO DO INFERNO.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

PMS PERNAMBUCANOS AFASTADOS POR CAUSA DE BEIJO DE TORCEDORES DO SANTA CRUZ

Uma avalanche de denúncia de "supostos abusos" afasta Policiais Militares por todo o Brasil. Em Goias, em São Paulo, no Rio e em Pernambuco. Sim, digo supostos porque as imagens podem não revelar toda a verdade, uma vez que não apresentam áudio nem maiores informações. Os policias sofrem diversos perigos durante as abordagens e, por vezes, precisam usar a força. Não quero aqui defender que o policial tem carta branca para fazer o que quiser, inclusive espancar as pessoas, ainda que sejam marginais. Absolutamente não. Contudo, vejo com preocupação essa onda de perseguição à polícia. Daqui a pouco os policias vão ter que OFERECER ROSAS (sem espinhos) ao prenderem marginais. Imagina a cena: "Meu querido, você está preso. Por favor permita-me colocar essa linda pulseirinha rosa choque acochoada em suas mãozinhas". Ah, tenha paciência. Você já ficou frente a frente com um marginal? Eles tocam terror; humilham, desdenham, batem e matam.

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco afastou 08 Policiais Militares das ruas por se envolverem num fato inusitado. Obrigaram dois presos a se beijarem na boca. Isso mesmo. O que isso significa? Que nas ruas do Recife temos menos 08 Policiais para o combate ao crime. Claro que eles se excederam "um pouquinho". Deveriam receber um aviso para que tomem cuidado com essas "brincadeiras". Na verdade, sinceramente, não fiquei com peninha desses marginais não. Não foi nada de violento. Houve excesso? Claro, mas nada violento. Esses marginais torturam suas vítimas em todos os sentidos: moral, física e psicologicamente, sempre com uma arma apontada para suas cabeças, numa clara relação de poder e humilhação. Cá pra nós, achei foi pouco! E ainda tem um detalhe que me incentivou a publicar essas imagens: observe na camisa do ladrão beijoqueiro (o da esqueda no vídeo). Não é que o cara é tricolor?!! Torcedor do Santa Cruz. Essa não poderia deixar passar! Vejo o vídeo abaixo:

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

"APÓSTOLOS", "PROFETAS", TELEPASTORES E CRENTES MATERIALISTAS DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE. VOCÊS PRECISAM OUVIR ISTO!


Essa postagem é um sincero alerta para os seguidores e admiradores dos "apóstolos" e "telepastores" modernos. Homens que têm comprometido a credibilidade do povo de Deus. Homens que se enquadram, infelizmente, no grave alerta do Apóstolo (verdadeiro) Paulo: "Pois, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa" (Rom 2:24). Gananciosos que fazem comércio da fé alheia (alheia mas não inocente e ingênua, uma vez que apresenta um claro desejo em negociar com Deus coisas materiais). Edir Macedo, Silas Malafaia (esse tem enveredado pelo mesmo caminho, muito embora não seja da mesma raíz podre), Renê Terra Nova, Estevão Hernandes, R.R.Soares, Valdemiro Santiago, Cantores e grupos evangélicos, além de tantos outros "lobos roubadores": voltem ao evangelho enquanto há tempo; se é que um dia foram contados entre os que são de Deus.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF: COMEÇOU A DESCONTINUIDADE DO GOVERNO LULA?

A presidenta da República, Dilma Rousseff, começa a imprimir sua própria cara e estilo no governo. É uma clara transição: de sombra de Lula à proprietária de uma sombra. Nada mais natural! A primeira página do Jornal Diário de Pernambuco de 10/02/2011 é muito emblemática, pois apresenta com clareza sintomática a antítese do modelo Lula de Governar. Enquanto Lula foi o Rei dos concursos e nomeações, Dilma agora suspende peremptoriamente. Não quero questionar se isso está certo ou errado. Parece até que a decisão foi acertada, segundo alguns economistas. Mas a questão é: era esse modelo de governo que os eleitores de Lula (que votaram em Dilma por tabela) queriam? O voto em Dilma não foi, claramente, um voto pela continuação? Ouvi vários colegas, antes da eleição, mencionando exatamente essa questão dos Concursos como um dos principais motivos para votarem em Dilma, que supostamente daria continuidade ao modelo Lula. Será que estão se sentindo traídos? Como diria o Luiz Fernando Veríssimo: "Comecei a esquecer as coisas: Sabe aquele carro? Esquece! Aquela viagem? Esquece! Tudo o que o barbudo presidente prometeu? Esquece!".

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

QUE REINO DE DEUS QUE NADA!

Até que ponto somos realmente comprometidos com Deus e com seu Reino? Nosso discurso, muitas vezes, destoa completamente de nossa pratica. Repetimos, constantemente, um para o outro: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. Essa é a missão; esse é nosso dever, dizemos. Mas, é isso que acontece?

Estamos tão envolvidos com as coisas deste mundo que esquecemos o que Paulo disse: “Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou” (II TM 2:4). Não, Paulo não está falando de largar tudo. Não é o caso aqui. Mas ele está ensinando, de forma inspirada, que tudo que fizermos precisa ter como objetivo maior a glória de Deus. Veja o que ele mesmo afirma em outro texto: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I COR 10:31). É assim que funciona? Vejamos: quais são seus planos? Seus sonhos para o futuro? Se você for bem honesto vai perceber que eles nada têm a ver com Deus e com seu Reino, não é verdade? Deixa eu "advinhar" alguns deles: carro novo, casa, bom emprego, aumentar o comércio, um bom casamento, etc, etc, e nada de Deus; nada de seu Reino. Nenhum problema com esses sonhos, desde que sejam almejados visando - essencialmente - a glória de Deus. Mas não é esse o objetivo, não é verdade?

Acho muito engraçado quando as igrejas falam da necessidade de evangelismo e até de envio de missionários. Acreditem: o discurso bonito não é por causa de Deus e do seu Reino. Antes, pelo contrario, é para levar bem alto e longe a bandeira de suas denominações. Relatórios pomposos: isso é o que realmente importa.

Em certo sentido, não deveríamos ter nenhum compromisso com a conversão dos pecadores, apenas com a pregação da palavra. A conversão é trabalho e preocupação do Soberano Espírito Santo. Ao invés disso, vemos verdadeiras bajulações para com o pecador. Claro, ela precisa existir; afinal queremos abarrotar nossas igrejas de “cifrões em potencia”. Estamos num franco processo de “fareseamento” de nossas igrejas: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque rodeais o mar e a terra para fazer um prosélito; e, uma vez feito, o tornais filho do inferno duas vezes mais do que vós!” (Mateus 23:15).

Há aquelas até que saem aos domingos à tarde entregando literatura bíblica - como se isso fosse evangelizar! Apesar de tudo, esse é um trabalho que poucos se dispõem a fazer - ou sua igreja é de outro planeta? Esses poucos vivem num verdadeiro “pedestal” criticando os outros que não fazem o mesmo. Interessante que esses irmãos convivem todos os dias com pessoas que ainda não conhecem a Cristo, mas não lhes anunciam o evangelho. Só o fazem em “campanhas de evangelização”, quando comissionados pelas igrejas. Isso também é sintomático. Não saem por Deus e por seu Reino e sim para serem vistos e considerados como “crentes melhores”. Quanta diferença da evangelização dos cristãos dos primeiros séculos, quando o anúncio do evangelho se dava de forma natural e espontânea, sem “forçar a barra”; ou seja, onde estava um servo de Deus, ali estava sua igreja pronta a pregar o genuíno evangelho, em toda e qualquer situação: “Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra” (Atos 8:4).

Essas literaturas – apenas entregues – para nada servem aos que estão “mortos em seus delitos e pecados”. É necessário a “pregação” do evangelho para que as pessoas vivam novamente. O “morto espiritual” vai ler e não vai entender nada, porque essas letras “se discernem espiritualmente”. Lembram do Eunuco? Até ouvir a pregação do evangelho, por Felipe, lia as Escrituras e nada entendia. Estava morto, espiritualmente falando. “Peço-te que me expliques” (Atos 8:34), diz ele. Seus olhos não podiam enxergar a mensagem espiritual ali contida. Apenas pela pregação os olhos espirituais podem ser despertados: “aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura da pregação” (I Cor 1:21). Contudo, não queremos mais pregar somente por causa da mensagem. Queremos resultados!

Já se foi o tempo em que depois de uma pregação se dizia: “procure uma igreja evangélica mais próxima de sua casa”. Muito embora entenda a razão de ser muito complicado dizer isso hoje em dia, visto que há uma serie de “templos pagãos” que assim se auto-denominam, a exemplo da igreja universal e da igreja mundial do poder de Deus, penso que isso é também um sintoma. Sintoma que estamos mais comprometidos com nossas denominações que com Deus e seu Reino. Só pregamos nos limites de nossa igreja. Ou já viu alguma mobilização para ajudar na evangelização em favor de outra denominação? Afinal, não devemos trabalhar para beneficiar as outras igrejas e sim apenas a nossa! Há bairros que já estão saturados de “igrejas evangélicas”, mas sempre há espaço pra mais uma; e assim tem sido. Pregamos para encher nossas igrejas e não por causa da mensagem do evangelho. Uma verdadeira concorrência gospel, onde ganha quem tem uma melhor assessoria de marketing, um melhor isso, um melhor aquilo. Há ruas onde podemos contar quatro igrejas diferentes. Sim, em uma mesma rua: Batista, Presbiteriana, Assembléia de Deus e a vergonha do evangelho: Universal. Das duas uma: ou assumimos de vez que a única igreja certa é a nossa ou então devemos procurar outro lugar para abrir uma nova “agencia do céu”, uma vez que, supostamente, as pessoas que moram nas imediações já estão sendo contempladas com a mensagem do evangelho, sob pena de estarmos perdendo tempo precioso que deveria ser investido em uma localidade ainda não alcançada. Mas quem liga pra isso, não é verdade? Mas importante que anunciar o evangelho é ver a “bandeira” de nossa denominação tremulando, marcando território.

Esse é apenas um aspecto que denuncia nossa falta de compromisso com Deus e com seu Reino. Poderíamos falar de muitas outras coisas. Há pessoas, por exemplo, que estão na igreja para serem agradadas, e, por isso, se auto-pastoreiam. Pessoas que querem e promovem verdadeiros “shows” na hora do louvor. Aliás, cantor e grupo evangélico com “fã clube” é uma verdadeira piada. Tá todo mundo “doidinho de atirar pedra”. Tudo de "cabeça pra baixo". Esse é um dos maiores sintomas da patologia da igreja na pós-modernidade. Pastores que não trabalham na mesma proporção de suas altas côngruas; não visitam as ovelhas, que vivem abandonadas e precisam procurar seu próprio pasto se quiserem comer. Muitos deles sequer concordam com o que sua própria igreja ensina, mas apesar disso não a deixam. Claro que é pelo dinheiro. Enquanto isso, continuamos “tapar o sol com a peneira”.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O PECADO DO ORGULHO ESPIRITUAL E DA INTOLERANCIA FRATERNAL - AUDIO

Em 2007, o Presbíterio do Recife-PRRE, através da Secretaria de Educação religiosa, idealizou um projeto intitulado "PROJETO IDENTIDADE DOUTRINÁRIA". O objetivo era divulgar a doutrina presbiteriana nas igrejas presbiterianas. Parece paradoxal, mas a referida Secretaria identificou, através de pesquisas realizadas nas igrejas da Jurisdição de seu presbitério, que muitas delas haviam esquecido ou abandonado os princípios doutrinários basilares que caracterizam a IPB. Com base nessa pesquisa cada igreja teve tratamento personalizado, com palestras abordando os pontos deficientes apontados pela pesquisa. Em muitas delas foram ministrados Cursos de Introdução a IPB.

Na IPB-Ibura, o tema escolhido foi baseado no livro "OS CINCO PECADOS QUE AMEAÇAM OS CALVINISTAS", do Pb.Solano Portela. As palestras foram ministradas pelo Rev.José Roberto de Souza, que falou sobre "O PECADO DO ORGULHO ESPIRITUAL" e sobre "O PECADO DA INTOLERÂNCIA FRATERNAL", pelo Prof.Gerson Júnior, que falou sobre "O PECADO DA ACOMODAÇÃO NO APRENDIZADO" e sobre "O PECADO DO ISOLAMENTO" e pelo Secretário de Educação Religiosa do PRRE, Presb.Fábio Correia, que finalizou o Simpósio Teológico falando sobre "O PECADO DA FALTA DE AÇÃO".

Os áudios dessas palestras haviam se perdido. Por isso só agora estão sendo divulgados. Nessa postagem ouçam o áudio da palestra "O PECADO DO ORGULHO ESPIRITUAL E DA INTOLERANCIA FRATERNAL".

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O PECADO DA ACOMODAÇÃO NA APRENDIZAGEM E O PECADO DO ISOLAMENTO - ÁUDIO

Em 2007, o Presbíterio do Recife-PRRE, através da Secretaria de Educação religiosa, idealizou um projeto intitulado "PROJETO IDENTIDADE DOUTRINÁRIA". O objetivo era divulgar a doutrina presbiteriana nas igrejas presbiterianas. Parece paradoxal, mas a referida Secretaria identificou, através de pesquisas realizadas nas igrejas da Jurisdição de seu presbitério, que muitas delas haviam esquecido ou abandonado os princípios doutrinários basilares que caracterizam a IPB. Com base nessa pesquisa cada igreja teve tratamento personalizado, com palestras abordando os pontos deficientes apontados pela pesquisa. Em muitas delas foram ministrados Cursos de Introdução a IPB.

Na IPB-Ibura, o tema escolhido foi baseado no livro "OS CINCO PECADOS QUE AMEAÇAM OS CALVINISTAS", do Pb.Solano Portela. As palestras foram ministradas pelo Rev.José Roberto de Souza, que falou sobre "O PECADO DO ORGULHO ESPIRITUAL" e sobre "O PECADO DA INTOLERÂNCIA FRATERNAL", pelo Prof.Gerson Júnior, que falou sobre "O PECADO DA ACOMODAÇÃO NO APRENDIZADO" e sobre "O PECADO DO ISOLAMENTO" e pelo Secretário de Educação Religiosa do PRRE, Presb.Fábio Correia, que finalizou o Simpósio Teológico falando sobre "O PECADO DA FALTA DE AÇÃO".

Os áudios dessas palestras haviam se perdido. Por isso só agora estão sendo divulgados. Nessa postagem ouçam o áudio da palestra "O PECADO DA ACOMODAÇÃO NA APRENDIZAGEM E O PECADO DO ISOLAMENTO".

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O PECADO DA FALTA DE AÇÃO - ÁUDIO

Em 2007, o Presbíterio do Recife-PRRE, através da Secretaria de Educação religiosa, idealizou um projeto intitulado "PROJETO IDENTIDADE DOUTRINÁRIA". O objetivo era divulgar a doutrina presbiteriana nas igrejas presbiterianas. Parece paradoxal, mas a referida Secretaria identificou, através de pesquisas realizadas nas igrejas da Jurisdição de seu presbitério, que muitas delas haviam esquecido ou abandonado os princípios doutrinários basilares que caracterizam a IPB. Com base nessa pesquisa cada igreja teve tratamento personalizado, com palestras abordando os pontos deficientes apontados pela pesquisa. Em muitas delas foram ministrados Cursos de Introdução a IPB.

Na IPB-Ibura, o tema escolhido foi baseado no livro "OS CINCO PECADOS QUE AMEAÇAM OS CALVINISTAS", do Pb.Solano Portela. As palestras foram ministradas pelo Rev.José Roberto de Souza, que falou sobre "O PECADO DO ORGULHO ESPIRITUAL" e sobre "O PECADO DA INTOLERÂNCIA FRATERNAL", pelo Prof.Gerson Júnior, que falou sobre "O PECADO DA ACOMODAÇÃO NO APRENDIZADO" e sobre "O PECADO DO ISOLAMENTO" e pelo Secretário de Educação Religiosa do PRRE, Presb.Fábio Correia, que finalizou o Simpósio Teológico falando sobre "O PECADO DA FALTA DE AÇÃO".

Os áudios dessas palestras haviam se perdido. Por isso só agora estão sendo divulgados. Nessa postagem ouçam o áudio da palestra "O PECADO DA FALTA DE AÇÃO".

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

MEU PASTOR VOTOU POR MIM. Crítica a crítica da crítica.

Vou relembrar uma cena que presenciei (infelizmente) no 1º turno das eleições 2010, quando trabalhei como mesário, conforme já postei aqui no blog: “Um rapaz com cara e roupa de crente (a grife gospel é auto-indicativa) adentrou na cabine de votação, demorou um pouco, pegou o celular e não teve dúvida: "pastor, é pra votar em quem "mermo"? Diga aí os número".

Não precisa nem falar o quanto fiquei indignado naquela hora. Imediatamente pedimos que o irmão desligasse o celular. Obviamente que ele não conseguiu votar. Não era capaz de votar sozinho! Na verdade, não era ele quem iria votar. Ele iria apenas digitar “mais” um voto do seu “pastor” na urna. Um “laranja”, de fato. Aliás, ficou claro que líderes religiosos, indiretamente, podem votar várias vezes. Quase não acreditei no grau de manipulação - ativa e passiva -, a que muitos crentes são submetidos e submetem.

O que passo a relatar agora, diferentemente do que foi dito acima, é um caso “fictício”. Fictício somente porque não sei o nome nem a quantidade dos atores desse “caso verdade”:

Olá! Sou crente e meu nome é Ovelha tapada da Silva. Nunca liguei muito pra essas “coisa” de política, não gosto de ler nem de assistir aquele negócio chato de “reportage”. Prefiro os “programa gospi” do canal 14, mas também gosto de “big brod”. Olhe irmão, pense numa dificuldade na hora de votar! E eu sabia em quem eu ia votar nada! Sabia nem “quem era os candidato”. Aí tive uma idéia: vou procurar na “internete” um pastor bem sabido pra ver em quem ele vai votar, aí voto no “mermo” candidato dele. Mas irmão, né que achei um bocado de dica de um bocado de pastor para votar no candidato certo!? Pense na “bença”. Vou citar apenas algumas porque vi muita coisa e não dá pra lembrar de tudo porque sou “meio fraco de mente”. Vê aí as “bronca”:

“Ferreira Gullar: Lula comprou os pobres do Brasil “.A permanência do PT no poder é uma ameaça à democracia brasileira”. “A FARSA DO PT FOI DESMONTADA! JOSÉ SERRA FOI REALMENTE ATINGIDO POR PETISTAS! PREPAREM-SE, BRASILEIROS, PARA A DITADURA PETISTA A SER IMPLANTADA!”. “The Economist recomenda voto em José Serra”. “Não mais me estenderei sobre os textos dos amigos. Acredito que já foi, para mim, o suficiente para perceber que vocês estão eivados de pressupostos contrários à fé reformada; em termos políticos, claro” (Oxi, “vô” votar em quem é contra a fé reformada nada. Esse pastor ai tá é certo. “Os outro candidato” é que são de Deus). “Dilmatrioska”. “Lula tanto fez e desdenhou que, assentada a poeira, será apenas o mesquinho da história”. “HÉLIO BICUDO, FUNDADOR DO PT, DIZ QUE VAI VOTAR EM SERRA”. “Governo Lula ameaça Igreja Católica por causa de oposição à candidata presidencial” (Sinceramente essa eu “num entendi” muito não: um pastor defendendo a igreja católica?). “Um padre católico muito conhecido que fez um programa na rede de televisão Canção Nova também deu uma recente homília em que ele denunciou o Partido dos Trabalhadores, que está no governo, como pró-aborto, pró-homossexualidade e marxista, e disse que ele jamais votaria neles ou realizaria um “casamento” homossexual” (tá vendo aí, no outro partido ninguém é a favor dessas coisas. Acho que não, porque se fosse esse pastor teria falado também. E outra coisa, que outro candidato promoveria esse”ecumenismo político-partidário”?). “DILMA É MUITO RELIGIOSA... NESTA ELEIÇÃO! - DEUS ou DEUSA? ELA É SOCIALISTA? E O ABORTO? DEVE HAVER DISCRIMINALIZAÇÃO?”. “PT, O PARTIDO DA MENTIRA!” (Vê aí agora o versículo que tava de lado da foto de Dilma): “Quando se multiplicam os justos, o povo se alegra, quando, porém, domina o perverso, o povo suspira. Provérbios 29.2” (fiquei pensando: qual o versículo seria de Serra? “Santo, santo, santo”?). “Dilma Vana Rousseff, candidata à presidência da República, que na clandestinidade se utilizou de vários nomes para fugir da polícia política brasileira, que mente sobre currículo, que mente sobre legalização do aborto...”. (Dilma ajudou até a arrombar um cofre de um tal de Adhemar; eu que num voto numa mulher dessa). “Se Dilma ganhar as Eleições, NÃO SERÁ ELA A GOVERNAR! Xô, petismo! O Brasil é dos BRASILEIROS!”.

Tinha mais lá, irmão, mas só separei essas. Depois de todas essas “informação” de um homem sabido danado, só se eu fosse doido em votar nessa mulher “bandida” e no PT, que é o partido de Satanás. Votei foi em Serra, homem de Deus.

Mas irmão, tenho que confessar uma coisa: depois que passou a eleição, aí vi um bocado de notícia que falava bem do PT. Tem um negócio de PROUNI; tinha uma dívida também que Lula pagou, fora um bocado de dinheiro que veio aqui pra Pernambuco. Ouvi dizer até que 36 milhões de brasileiros deixaram de ser miseráveis. Disseram um montão de coisa boa que o PT fez. Tem até um professor de história - inteligente que só ele – que fala muita coisa de boa que o PT fez. Tá certo que ele também é exagerado, mas sei não! Acho que pelo menos metade das “coisa” que ele diz tem sentido. Tô doidinho agora sem saber o que pensar. Me ajuda aí irmão!!!?:

O que você acha? Um líder religioso - seja padre ou pastor -, ou mesmo aqueles que são formadores de opinião, como os jornalistas, por exemplo, podem declarar seus votos publicamente e ainda por cima assumir, de forma apaixonada, seu “gosto” por um partido, ressaltando somente seus pontos positivos e, ao mesmo tempo, evidenciar apenas os pontos negativos daquele outro partido que ele não “gosta”? Tal postura não poderia influenciar seus seguidores, admiradores, leitores e até ovelhas? Até que ponto isso é salutar? Isso não tira daqueles que recebem sua influência o direito de pensar por si só? Não seria função desses formadores de opinião “apenas” demonstrarem, de forma imparcial, os pontos positivos e negativos de todos os candidatos ( no máximo)? Não seria mais adequado a um líder religioso recomendar que suas ovelhas procurem ler e acumular informações acerca dos candidatos, de sua história, propostas e depois votarem livremente, não aceitando a interferência de ninguém?

Dê sua opinião. Ajude o irmão Ovelha Tapada da Silva a votar na próxima eleição, porque nessa... já votaram por ele!

Observação: Aos leitores que não acompanharam os debates anteriores, saibam que esse texto é apenas uma forma de instigar a continuação da reflexão. Não existe por parte do editor desse blog nenhum desejo de ser desrespeitoso com o pastor citado (implicitamente) na ficção acima. Muitíssimo pelo contrário, todos sabem de minha admiração por ele e por sua mente brilhante. Que todos saibam também que existe entre nós um excelente relacionamento. Contudo, como ainda sou apenas um aprendiz (e aqui não vai nenhuma falsa modéstia), gosto de “cutucar onça com vara curta” (no melhor sentido elogioso da expressão), porque vejo nesses debates uma boa oportunidade de aprender. Como ele é homem versado nas letras e na filosofia, sabe da importância da crítica na busca da verdade. Eu critiquei sua postura política (porque em teologia o que ele disser eu assino embaixo), ele criticou a minha e a de Cláudio (rs...), estou rebatendo a crítica e assim sigo aprendendo, mesmo que isso me renda bons "cascudos".

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

DEUS ABENÇOE A PRESIDENTA DO BRASIL: uma breve crítica aos blogs "do coração do Pastor", "Luis Cavalcante" e "Eis o nosso tempo".

Em primeiro de janeiro de 2011 tomou posse a "primeira" presidenta do Brasil. Já de cara tenho que dizer que esse papo de "a primeira mulher, etc e tal" é uma grande besteira. A mulher já assume cargos importantes no país desde longas datas. Já temos mulheres vereadoras, prefeitas, deputadas estaduais e federais, governadoras e ministras. Nesse contexto, nada mais natural que uma mulher ter assumido a presidência do país; apenas uma questão de tempo. Isso já é bem comum em outros países. Não interessa se homem ou mulher. O que realmente importa é se a mulher ou o homem que ganhar a eleição tem ou não competência para assumir tamanha responsabilidade. Obviamente que não estou me referindo, em hipótese alguma, ao governo eclesiástico.

Quando as mulheres comemoram esse "feito inédito", na verdade, estão apenas rebaixando sua própria classe, como se fosse algo "extraordinário" que uma mulher tenha conseguido. Não o é! Isso deve ser encarado, pelas próprias mulheres, como natural, sob pena de "auto-preconceito".

Mas o motivo dessa postagem é outro. Iremos refletir sobre o seguinte:

Qual deve ser nossa postura para com nossos governantes, sejam eles homens ou mulheres?

Vamos analisar o que diz um dos documentos mais importantes da cristandade protestante, produzido no século XVII, a saber: A Confissão de Fé de Westminster, no capítulo vinte e três, que trata sobre o Magistrado Civel:


I.
Deus, o Senhor Supremo e Rei de todo o mundo, para a sua glória e para o bem público, constituiu sobre o povo magistrados civis que lhe são sujeitos, e a este fim, os armou com o poder da espada para defesa e incentivo dos bons e castigo dos malfeitores.

IV. É dever do povo orar pelos magistrados, honrar as suas pessoas, pagar-lhes tributos e outros impostos, obedecer às suas ordens legais e sujeitar-se à sua autoridade, e tudo isto por amor da consciência. Incredulidade ou indiferença de religião não anula a justa e legal autoridade do magistrado, nem absolve o povo da obediência que lhe deve, obediência de que não estão isentos os eclesiásticos.


Notemos que é o próprio Deus quem constitue o Magistrado Civil, para Sua glória e para o bem público. Além disso, nos diz o referido documento que é dever de todos ORAR e HONRAR, além de muitos outros deveres. Deveres esses, aliás, que os chamados eclesiásticos, NÃO ESTÃO ISENTOS. Mas, não é essa a impressão que muitos passam!

Alguns irmãos, muitos deles pastores, editores de blogs e que juraram, inclusive, subscreverem a interpretação das Escrituras trazida pela Confissão de Westminter, ESTÃO ESQUECENDO DESSE CAPÍTULO. Vamos dar "nomes aos bois". Citaremos
apenas alguns. Estou me referindo, especificamente, aos seguintes blogs:

http://marthonmendes.blogspot.com/ (Do coração do pastor)
http://profgaspardesouza.blogspot.com/
(Eis nosso tempo)
http://luis-cavalcante.blogspot.com/


É muito comum percebermos, nesses blogs, violentas críticas aos governantes do Brasil, sobretudo contra o Ex-presidente Lula e seu partido. Essas críticas, notamente, são carregadas de motivos partidários, o que não é bom, pois acaba tirando do povo, daqueles mais incautos, o poder de livre escolha dos seus políticos, manchando, assim, o ideal primaz da democracia. Estou até com dó de Dilma, pelo que, provavelmente, dirão dela.

Não estou defendo aqui que o gorverno não possa ter oposição; acho até saudável. Inclusive, dependendo da motivação, é dever de todo cristão fazer uma oposição consciente, o que deve ser feito com muito respeito. Também não estou defendendo que o pastor ou qualquer outro membro da igreja tenha que ser simpático ao partido do presidente ou presidenta da república, em absoluto. Contudo, ONDE ESTÃO AS ORAÇÕES? ONDE ESTÃO AS HONRAS? Certamente não poderão ser encontradas nesses blogs.

Caros líderes religiosos, para nosso bem, para o bem do povo, oremos pela nossa nova presidenta!

DEUS ABENÇÕE NOSSA PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A MANJEDOURA OCUPADA É HUMILHAÇÃO, O TÚMULO VAZIO É EXALTAÇÃO


Temos base bíblica para proibir a comemoração do Natal? Temos base bíblica para comemorar o Natal? A questão não é tão simples quanto gostaríamos.

Como "um pricípio geral", aparentemente, temos base escriturística para tal comemoração; afinal, o nascimento de Cristo, inegavelmente, foi celebrado na Bíblia. No evangelho de Lucas 2: 1-29, lemos: "Eis aqui vos trago BOAS NOVAS de GRANDE ALEGRIA [...] é que hoje vos nasceu o salvador" [...]. E, subtamente apareceu milícia celestial LOUVANDO a Deus" (pelo nascimento?). O nascimento de Cristo foi motivo de alegria. Levaram-no presentes. Também não podemos negar, está registrado: "Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, em dias do rei Herodes, eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém E perguntavam: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos para adorá-lo. E, vendo eles a estrela, alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra" (MAteus 2:1-10).

A grande questão é: esses "registros Escriturísticos", que não são positivamente ordem de obediência nem mandamento, são suficientes para justificar a celebração do Natal?

Há um crescente movimento que visa PROIBIR a comemoração do Natal em algumas igrejas evangélicas, inclusive na Igreja Presbiteriana, sob o argumento de ser o Natal uma festa de origem eminentemente pagã, adaptada pelo Cristianismo medieval (Catolicismo Romano). Para saber mais sobre essa postura, você pode ler vários artigos no seguinte link: http://www.eleitosdedeus.org/categorias/natal.html#axzz18rZ3PkD6

Recentemente (2009) a IPB manifestou-se contrária a esse movimento. Portanto, deixamos claro que nenhuma tentativa de PROIBIR a comemoração do Natal, nas Igrejas Presbiterianas, pode ser considerada legítima. O que não significa dizer, necessariamente, que a IPB tenha, nesse momento, tomado a postura mais adequada face as Escrituras. Essa é uma questão que ainda, possivelmente, será reanalisada. Contudo, qualquer manifestação contrária ao posicionamento atual e oficial da IPB deverá ser feito pelos meios legais, via Concílios. Podendo, inclusive, ser considerado em falta (pecado da rebeldia) qualquer membro, pastor ou oficial que imponha qualquer PROIBIÇÃO de comemoração do Natal, assumindo, dessa forma, postura isolada, voluntária e rebelde, à revelia dos Concílios da igreja.

Vamos refletir criticamente sobre essa questão. Em linhas gerais, para que uma prática religiosa seja VALIDADA, necessário se faz existir pelo menos um preceito positivo ordenando sua execução. Para que seja INVALIDADA basta, tão somente, verificar-se a ausência de um mandamento ou preceito positivo que a justifique.

Temos a ausência de base bíblica (preceito positivo) para afirmar, categoricamente, como muitos têm feito: "não devemos comemorar o Natal"? Quando dizemos base bíblica, obviamente, nos referimos aos aspéctos confessionais. Porque, nesse sentido, nossa opinião/interpretação pessoal (tanto de quem gosta do natal como de quem não gosta) não faz muita diferença.

Levantaremos uma questão a seguir que poderá trazer alguma luz confessional sobre esse debate acerca do Natal:

O catecismo maior de Westminster (entre as perguntas 46 a 54) tratando respectivamente sobre o ESTADO DE HUMILHAÇÃO e de EXALTAÇÃO de Cristo, nos dá uma possibilidade de caminho a seguir.

Vejamos: pergunta 46: "Qual foi o estado de humilhação de Cristo? Resposta: Foi aquela baixa condição, na qual, [...] Ele tomou a forma de servo em sua CONCEPÇÃO E NASCIMENTO [...]".

Notem: o nascimento de Cristo representa a HUMILHAÇÃO DE DEUS. Sim, Deus foi, verdadeiramente, HUMILHADO. Isso é para ser comemorado mesmo? Ao comemorarmos isso não estaríamos, antes, zombando de Deus? Expondo-o ao ridículo? Escarnecendo de um Ser que, naquele momento, nasce, inclusive, em situação de extrema calamidade, junto de animais? Obviamente que esse quadro só ocorreu por decisão Soberana Dele, mas isso não diminui sua "vergonha". Exaltar o nascimento de Cristo, não seria querer diminuir a glória de Deus? Perpetuar um momento que "é" para ser esquecido - o momento da HUMILHAÇÃO DE DEUS? Ora, Humilhação é contra a própria natureza de Deus, que tem, infinitamente, mais a ver com EXALTAÇÃO.

Veja agora o que diz a pergunta e resposta de nº 47: "Como se HUMILHOU Cristo na sua concepção e nascimento? Resposta: Cristo humilhou-se na sua CONCEPÇÃO E NASCIMENTO (dá pra acreditar que festejamos esse momento?) em ser, desde toda a eternidade, o Filho de Deus no seio do Pai, quem aprouve, no seu tempo, tornar-se Filho do homem, nascendo de uma mulher de humilde posição com diversas circunstâncias de HUMILHAÇÃO FORA DO COMUM".

Comemorar o Natal não seria, em última análise, uma tentativa de HUMILHAR (contrário de exaltar) a Deus novamente?

Ao lado disso, se não devemos comemorar o Natal (sendo essa a conclusão correta), o que comemorar então? A resposta seria bem simples: O mesmo que comemoramos na CELEBRAÇÃO DA CEIA, isto é, o estado de EXALTAÇÃO de Deus.

Veja o que diz a pergunta de nº 51: Qual é o estado de EXALTAÇÃO de Cristo? Resposta: O estado de exaltação de Cristo compreende a sua RESSURREIÇÃO, ascenção e o estar assentado à destra do pai e a sua segunda vinda para julgar o mundo".

Notem: a aproximação de Deus com o homem (no sentido de tornar-se um de nós) é um estado de HUMILHAÇÃO. A aproximação de Cristo com Seu próprio Trono de Glória, perfazendo o caminho contrário ao de Filipenses 2:6-8, é um estado de EXALTAÇÃO.

Não seria mais prudente EXALTAR o que é para ser EXALTADO: A ressurreição de Cristo, sua ascenção, o fato de estar Ele à destra de Deus e sua volta com PODER e MUITA GLÓRIA?

Em contrapartida, não deveríamos esquecer o dia da HUMILHAÇÃO de Deus (tudo indica que essa tenha sido a postura adotada pelo Apóstolos, que não comemoraram, em nenhum momento, o nascimento de Cristo), sob pena de estarmos RIDICULARIZANDO o ser que deve ser EXALTADO, mas que decidiu, uma única vez, querer experimentar, por nós, a HUMILHAÇÃO?

MANJEDOURA OU CRUZ? UMA BREVE REFLEXÃO SOBRE O NATAL

Deus, às vezes, nos ensina que nas contradições estão presentes os preceitos mais importantes da vida: quem quiser ser o maior, que seja o menor; quem quiser ser exaltado, será humilhado. Isso é um violento golpe contra nossa lógica da auto-suficiência.

Também neste período, chamado natalino, outra contradição, talvez a mais importante delas, nos surpreende. Enquanto todos comemoram o Nascimento de Cristo, Ele nos manda olhar para cruz; para sua morte: “E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós (Lucas 22:19-20)”.

É de lá, da Cruz, e somente de lá, que vem a salvação; não da manjedoura, não de nenhum outro lugar: “Por suas chagas, fostes sarados” (I Pedro 2:24) e ainda: “Ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53.5).

Castigo que traz paz; pisaduras que saram; benditas contradições! A Manjedoura tão somente aponta para a CRUZ de Cristo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

ÉTICA PROFISSIONAL NÃO EXISTE

O que é Ética? Responder a essa pergunta é fundamental para entender sua aplicabilidade e importância no mundo dos negócios. Parafraseando nosso Presidente diríamos que “nunca na história desse país” se ouviu falar tanto em “Ética Profissional”. Mas, será mesmo que existe essa “ética particularizada” da atividade profissional? Uma espécie de “Ética específica” para cada profissão específica? Certamente que sim, muitos dirão; afinal, cada profissão tem seu próprio “Código de Ética Profissional”. Código de Ética? Não seria mais adequado chamar de código Moral ou ainda de Código de Conduta Moral da Profissão? Para responder a essas e outras questões vamos dar uma breve olhada no conceito de Ética e Moral, campo em que há muita confusão. Em seguida veremos qual a terminologia mais adequada.

DEFININDO ÉTICA

Do grego Ethos (com o som de “É”, aberto) significa, originalmente, morada, habitat dos seres vivos; lugar onde ele se sente acolhido e abrigado. A morada vista metaforicamente indica que a partir do Ethos, o espaço do mundo torna-se “habitável” para o homem, denotando ao atendimento de suas NECESSIDADES ELEMENTARES. Ou seja, aquelas necessidades que são iguais para todos (sem exceção), não importando a localização geográfica e nem mesmo a etnia. A necessidade de sobrevivência, por exemplo, é uma necessidade elementar de todo ser humano, sem exceção.

A Ética não se preocupa com questões circunstanciais; a Ética é universal, no sentido de ser ÚNICA e A MESMA para todos, em qualquer parte do planeta. Isso só é possível porque ela trabalha “apenas” com elementos que sejam comuns a todos os homens. Por ser universal é também invariante (não muda de lugar para lugar, nem de época para época). É crítica, por ser essencialmente ramo ou objeto de estudo da filosofia (outras áreas de conhecimento, a exemplo da psicologia, antropologia, sociologia etc, na tentativa de definir a Ética, a partir de seus próprios pressupostos, estarão incorrendo em grave risco de não defini-la corretamente).

A ética não estabelece normas, antes, pelo contrário, já se depara com ela, cabendo-lhe o papel de criticá-la para validar ou não seus fundamentos, recomendando, inclusive, o não cumprimento caso seu fundamento seja, de alguma forma, prejudicial a alguma necessidade elementar do ser humano. É essencialmente especulativa e não pode ser engessada em uma lei, norma ou código. Ela precisa, à semelhança da filosofia, estar livre para questionar, criticar, propor cumprir, propor não cumprir, dependendo da situação. Por exemplo: sabemos que a “tortura” é errada em qualquer parte do planeta, pois atenta contra a necessidade elementar de integridade física do homem (que é a mesma em qualquer parte do planeta). Matar inocentes também é igualmente errado. Considerando isso, poderíamos então criar “a lei da ética”? A “norma da Ética”? Ou ainda o “código de Ética”? Algo do tipo “é errado torturar e é errado matar inocentes”? A resposta é não. Há determinadas situações em que a ética vai dizer: “torture e mate inocentes”.

O filme “ameaça terrorista”, estrelado por Samuel L. Jackson, nos ajudará a entender melhor essa questão. Um perigoso terrorista arma quatro bombas nucleares em importantes cidades dos EUA. Apesar de preso, ele não dá as coordenadas dos explosivos. É aí que entra em cena o investigador H (Samuel L. Jackson). Para obter essas informações ele tortura o terrorista, sem sucesso. Em seguida mata a sua esposa diante de seus olhos. Como ainda se nega a contar a localização das bombas, o investigador “H” manda trazer seus dois filhos e ameaça matá-los. O terrorista resolve confessar a localização de três das quatro bombas. Sabedor da existência da quarta bomba, o investigador “H” prossegue com sua idéia de matar os filhos do terrorista. Sua chefe, porém, não permite que ele continue. O filme termina supondo que a quarta bomba explodiu dizimando a cidade de New York. Agora responda: quem estava agindo de acordo com a Ética? O torturador e assassino da mulher inocente ou a sua chefe que não permitiu matar os filhos do terrorista? Nesse caso, o torturador e assassino da mulher inocente estava sendo Ético, porque ele estava visando “defender o preceito basilar da vida de milhares de pessoas”; ele estava, em última análise, tentando “proteger a vida”, ainda que tenha utilizado recursos que, normalmente, a Ética abominaria. Nesse caso, porém, foi para um bem maior. Logo, diria a Ética: “pode torturar, pode matar inocentes”. Perceba que o valor de milhares de vidas deverá se sobrepor ao valor de duas ou três vidas, por mais cruel que possa parecer. Essa análise não seria possível com a Ética engessada em uma lei, porque é Moral cumprir a Lei (sempre) é Ético questioná-la e não cumpri-la, se seu fundamento não beneficiar as necessidades elementares dos seres humanos.

DEFININDO MORAL

Palavra grega Ethos (pronunciada com um som de “Ê”), pode ser traduzida por costume. Serviu de base para a tradução latina “morales”, de onde deriva nossa palavra Moral. Referindo-se aos costumes dos povos, conjunto de hábitos, de regras, normas, leis que regulam a conduta de um povo, nas diversas épocas, é mais abrangente, divergente e variante de cultura para cultura e de época para época. É correto afirmar que tudo que diga respeito a Leis, Códigos e Normas está diretamente ligado à moral e não à Ética.

DEFININDO A NOMECLATURA ADEQUADA PARA OS CÓDIGOS PROFISSIONAIS

Como vimos, por força conceitual, é equivocado utilizar-se da terminologia “Código de Ética da profissão A ou B” para os manuais de condutas das diversas profissões, uma vez que tratam de NORMAS, de LEIS, de CÓDIGOS fixos. Isso os ligam diretamente, por força conceitual, repetimos, à MORAL e não à ÉTICA.

A utilização equivocada dessa terminologia tem provocado a ilusão de que uma PESSOA NÃO ÉTICA, ao exercer uma atividade profissional, poderá se transformar em um PROFISSIONAL ÉTICO. Não pode. Ela pode até ser uma pessoa que segue fielmente a MORAL (lei, normas, códigos) de sua profissão, mas daí a dizer que é uma pessoa Ética é outra história. Uma pessoa pode ser Moral e “não Ética” ao mesmo tempo? Pode sim. Podemos citar o caso do infanticídio das tribos brasileiras. A MORAL (leis, normas) dessas tribos exige que se matem todas as crianças que nascem com algum tipo de problema físico. O índio que pratica o infanticídio está sendo MORAL, porque está cumprindo as normas de condutas estabelecidas pela sua sociedade, mas não está sendo ÉTICO porque está atentando contra uma necessidade elementar do ser humano: o direito à vida. Caso ele não pratique o infanticídio a situação se reverte. Ele passa a ser ÉTICO e I-MORAL (por estar descumprindo as normas, leis, a moral de sua sociedade), ao mesmo tempo.

E se o código da profissão estiver em sintonia com os preceitos Éticos? Geralmente estão. Contudo, como esses preceitos estão engessados e se transformaram em leis, em normas, em códigos, que por definição não podem ser questionados, criticados e não cumpridos, tornam-se, imediatamente em MORAL, passivos, inclusive, de novos questionamentos pela ÉTICA, dependendo da situação.

Isso quer dizer que o “profissional” não pode ser Ético? Exatamente isso! Pelo menos em certo sentido. Não existe uma profissão capaz de tornar alguém que não é Ético em Ético. Não existe “ÉTICA COMERCIAL” ou “ÉTICA PROFISSIONAL”. A Ética não pode ser PARTICULARIZADA, pois ela é ÚNICA E UNIVERSAL. Também, como já dissemos, não pode ser transformada em códigos fixos. Portanto, não devemos falar de “ÉTICA PROFISSIONAL” ou mesmo de um “PROFISSIONAL ÉTICO”, e, sim, de UMA PESSOA ÉTICA QUE ESTÁ EXERCENDO UMA ATIVIDADE PROFISSIONAL.

Uma pessoa que é Ética será Ética em sua igreja, em sua comunidade, em seu clube e também na atividade profissional que está exercendo. Por ser uma pessoa Ética, seus preceitos serão, naturalmente, também estendidos à organização em que está gestando ou trabalhando. Portanto, quando se fala, equivocadamente, em “CÓDIGO DE ÉTICA” de uma determinada profissão, na verdade está se falando de “CÓDIGO DE MORAL” (leis, normas) e não de ÉTICA (filosofia, questionamento, crítica, especulação), do que se concluí que o correto seria chamar esses manuais de cada profissão de CÓDIGO DE CONDUTA MORAL DA PROFISSÃO.

O vídeo “Os seis pilares da Ética”, além de muitas outras abordagens importantes também trata do que acabamos de tratar acima. Não deixe de assistir.


PESSOA ÉTICA X PESSOA NÃO ÉTICA: O EXERCÍCIO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL

Um exemplo clássico desse binômio PESSOA ÉTICA X PESSOA NÃO ÉTICA, dentro do contexto de ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL é o famoso filme “O diabo veste Prada”. De forma brilhante o filme apresenta dois “estilos” de vida completamente distintos, trabalhando lado a lado: uma “PESSOA ÉTICA” (Andrea Sachs, personagem de Anne Hathaway) e uma “PESSOA NÃO ÉTICA” (Miranda Priestly, personagem de Meryl Streep). O filme é rico em detalhes cujo objetivo é pontuar a diferença entre essas duas formas de viver. Na cena abaixo (figura 1) repetida em vários momentos do filme, Miranda joga, desrespeitosamente, seu casaco em cima de sua “empregada”. O filme intenta demonstrar como as “atitudes naturais” de uma pessoa “NÃO ÉTICA” são estendidas também ao ambiente de trabalho, influenciando, inclusive, a forma de gestão de uma organização, sendo esta apenas um reflexo natural, um prolongamento da vida de uma pessoa “NÃO ÉTICA”. Humilhação, traição, tortura psicológica e muitas outras atitudes são facilmente percebidas na “vida normal” dessa personagem. Ou seja, seu estilo “natural de vida”, sua opção pela FALTA DE ÉTICA, ou ainda de quebra desses preceitos é reproduzido em todas as situações de sua vida (inclusive familiar e de relacionamentos sociais) e não poderia ser diferente na ATIVIDADE PROFISSIONAL

Diferentemente de Miranda, Andrea Sachs (figura 2), com pequenas atitudes de respeito e solidariedade aos outros, representa a pessoa ÉTICA da história. O filme também intenta demonstrar que, igualmente, as “atitudes naturais” de uma pessoa “ÉTICA” são estendidas ao ambiente de trabalho, influenciando, inclusive, a forma de gestão e de trato com os colegas de trabalho, sendo esse estilo de relacionamento apenas um reflexo natural, um prolongamento da vida de uma pessoa “ÉTICA”.

MERCADO DE TRABALHO PARA PESSOAS ÉTICAS

É bem verdade que posturas Éticas nem sempre garantirão a certeza de bons negócios ou ainda de bons lucros, pelo menos a curto prazo. Uma das maiores dificuldades que as pessoas ÉTICAS enfrentarão no mundo empresarial é, certamente, a concorrência desleal. Como se tornar competitivo no mercado se seus concorrentes sempre jogam sujo? Se seus concorrentes sempre burlam licitações e se utilizam de todos os meios ilícitos para fechar uma venda e aumentar seus lucros? Jogar com as mesmas armas? Essa opção, certamente, não é compatível com uma pessoa que pauta sua vida sob os preceitos Éticos. Devemos lembrar sempre da metáfora empregada no vídeo acima “Os seis pilares da Ética”: O PROBLEMA DA CORRIDA DE RATOS É QUE MESMO O QUE VENCE CONTINUA SENDO UM RATO.

Não é correto afirmar que “só se dá bem” no mundo dos negócios as pessoas que são desonestas e que quebram todos os preceitos da Ética e da Moral. Cada vez mais o mercado está interessado por pessoas que cultivem em suas vidas esses valores. Até mesmo o conceito de “competência” tem sido mudado em virtude dos valores Éticos. Não é mais considerado competente o indivíduo que apenas possui CONHECIMENTO, HABILIDADE e ATITUDE. Esses itens não são mais suficientes para classificar um profissional como competente. O mercado requer também, para considerar o profissional competente, que ele tenha VALORES e que também tenha uma boa atitude e preocupação com o ENTORNO, como é apresentado na reportagem da Revista Você SA, abaixo:

“Já diziam, enfáticos, nossos avós: “Quem não tem competência não se estabelece!”. Esse assunto ganhou status de método a partir dos estudos de David McClelland nos anos 70, e nas organizações adotou-se universalmente a fórmula do CHA (Conhecimento, Habilidade e Atitude), ou, como preferem alguns, Saber, Poder e Querer. Considerando que essa equação é um produto, se um dos três for nulo, o resultado final será competência zero. Mas o tempo passa e os conceitos vão sendo aprimorados. Na competência deste século, o CHA vira CHAVE. E a chave da competência ampliada é o acréscimo de duas letras, dois conceitos e duas preocupações. O “V” representa Valores. Em uma sociedade que se diz digna, preocupada com o social e responsável com o futuro, não temos como não incluir uma lista de valores na análise da qualidade dos resultados alcançados. De que adianta produzir sem sustentabilidade, competir sem ética e conquistar sem moral? Assim como atualmente dizemos que só será líder aquele que liderar para o bem e só será competente aquele que produzir sem ferir a ética, o interesse de todos. Um profissional competente sem valores deixa de ser competente. E o “E” da CHAVE significa Entorno, o ambiente onde a competência encontra as condições para ser exercida. Esse é o único elemento que está mais fora do que dentro do indivíduo. O cirurgião não opera sem o centro cirúrgico, sem a anestesia e o bisturi. O executivo precisa da estratégia, dos recursos, da equipe. Eis a grande responsabilidade das organizações: formar pessoas competentes e fornecer-lhes o cenário para que atuem. Essa visão ampliada de competência coloca ordem na casa do mundo moderno e abre espaço para a construção de um futuro em que os resultados não serão obtidos a qualquer custo. Só assim poderemos dizer aos nossos netos: “Quem não tem competência não se enobrece!”. De que adianta competir sem ética? Conforme: http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/materia/nova-competencia-497465.shtml.

A revista Você AS, de julho de 2000, ainda tratando do mesmo tema acima, demonstra como a falta de Ética pode ser prejudicial à empresa e ao próprio profissional, frente ao mercado; uma prova evidente de como os preceitos éticos ganham cada vez mais importância no mundo corporativo:

Não podemos ser inocentes e pensar que empresas são apenas entidades jurídicas. Empresas são formadas por pessoas e só existem por causa delas. Por trás de qualquer decisão, de qualquer erro ou imprudência estão seres de carne e osso. Por isso, quando falamos de empresa ética, estamos falando de pessoas éticas. [...]. Não são apenas funcionários e consumidores que recriminam políticas antiéticas nas empresas. Os investidores também costumam fugir delas. Pegam seu dinheiro e aplicam em outro lugar. Um exemplo disso é o episódio vivido recentemente pela Telefónica, a espanhola que comprou a Telesp, em São Paulo. Suas ações, na Espanha, caíram 5,5% em um dia, após denúncias de que seu presidente mundial, Juan Villalonga, teria usado informações privilegiadas em benefício próprio. Disponível em: http://www.centroatl.pt/edigest/edicoes2000/ed_set/ed71cef-vidap1.html.

Veja abaixo os dois vídeos do programa O Aprendiz 4, de Roberto Justos, que trata exatamente sobre a necessidade de PESSOAS ÉTICAS no mercado de trabalho. O apresentador do programa deixa clara como as empresas líderes do mercado tratam esse assunto:

Continuação:

Lembre-se: Sua atitude gerará, necessariamente, consequências. É sobre isso que trata o vídeo abaixo. Não deixe de assistir:

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