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terça-feira, 31 de outubro de 2017

QUEERMUSEU: O QUE HÁ POR TRÁS DA POLÊMICA EXPOSIÇÃO NO ESPAÇO CULTURAL SANTANDER? 2/3


A arte sempre esteve presente quando se intentou provocar uma mudança radical de paradigma social. O Renascimento é um grande exemplo disso. Não era raro obras, quadros, pintudos com temas de confronto direto às estruturas religiosas. A arte, de fato, é uma grande aliada das mudanças. Umberto Ecco, em sua obra magistral "O Nome da Rosa" descreve essa utilização da arte com a intenção de minar as forças e o poder da igreja Romana, no século XIII, dentro dos mosteiros. 

A QUEERMUSEU acaba por revelar um dos principais objetivos desse tipo de "arte": combater a cultura judaico-Cristã, em última análise. Não é só uma investida contra o cristianismo enquanto religião, antes, trata-se de algo maior, de uma guerra conta a cosmovisão cristã, que serve de base para toda a cultura ocidental. Por conta disso, esse tipo de exposição sempre trás obras que denigram símbolos reconhecidamente cristãos, porque, só assim, desconstruindo a cosmovisão cristã, é que será possível provocar mudanças radicais no paradigma cultural,  com o fim de secularizar todas as áreas da vida.

Kuyper compreendeu bem a guerra cultural que se desencadeia contra o Cristianismo. Não é luta de uma religião contra a outra ou mesmo do ateísmo teórico contra a religiosidade. É luta entre visões de mundo, entre cosmovisões. Vejamos o que ele afirma:

Não há dúvida, então, de que o Cristianismo está exposto a grandes e sérios perigos. Dois sistemas de vida estão em combate mortal. O Modernismo está comprometido em construir um mundo próprio a partir de elementos do homem natural, e a construir o próprio homem a partir de elementos da natureza; enquanto que, por outro lado, todos aqueles que reverentemente humilham-se diante de Cristo e o adoram como o Filho do Deus vivo, e o próprio Deus, estão resolvidos a salvar a “herança cristã”. Esta é a luta na Europa, esta é a luta na América, e esta também é a luta por princípios em que meu próprio país está engajado, e na qual eu mesmo tenho gasto todas as minhas energias por quase quarenta anos.Nessa luta apologética não temos avançado um único passo. Os apologistas invariavelmente começam abandonando a defesa assaltada, a fim de entrincheirarem-se covardemente em um revelim atrás deles. Desde o início, portanto, tenho sempre dito a mim mesmo, -“Se o combate deve ser travado com honra e com esperança de vitória, então, princípio deve ser ordenado contra princípio. A seguir, deve ser sentido que no Modernismo, a imensa energia de um abrangente sistema de vida nos ataca; depois também, deve ser entendido que temos de assumir nossa posição em um sistema de vida de poder, igualmente abrangente e extenso. E este poderoso sistema de vida não deve ser inventado nem formulado por nós mesmos, mas deve ser tomado e aplicado como se apresenta na História. Quando assim fiz, encontrei e confessei, e ainda sustento, que esta manifestação do princípio cristão nos é dada no Calvinismo (KUYPER, 2002, p.19).

Como já deve ter ficado claro, a arte é uma das principais ferramentas ou armas de combate a uma cultura estabelecida e o surgimento de outra. Precisamente por isso é que numa exposição de "artes" voltada para o grupo LGBT,  estará sempre presente temas religiosos. Para que eles se sintam confortáveis é absolutamente necessário diminuir a influência que o Cristianismo exerce fora dos templos e o motivo é um só: a total impossibilidade lógica do cristianismo aceitar como natural e normal a homossexualidade.




Lutemos, pois, a luta que nos está proposta, em defesa da cultura ocidental, alicerçada sob as bases do Cristianismo. 

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